A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) acionou a Justiça contra a live de Páscoa realizada pelo presidente Jair Bolsonaro.
A live contou com a presença de vários líderes religiosos do cristianismo.
A associação alega que o uso da programação da emissora pública para o encontro virtual com representantes do cristianismo e do judaísmo violou a Constituição, uma vez que o princípio do Estado é laico e a legislação que criou a EBC (Empresa Brasil de Comunicação).
A transmissão ocorreu no dia 12 de abril, e contou com nomes influentes, a exemplo de Iris Abravanel, esposa Silvio Santos, do padre Reginaldo Manzotti, e dos pastores André Valadão e Silas Malafaia.
Os ateus pedem que Bolsonaro fique proibido de repetir iniciativas do tipo e seja condenado a pagar R$ 100 mil por danos morais coletivos.
“A utilização da emissora para atender a interesses privados do presidente e de segmentos religiosos fere, indiscutivelmente, o interesse público. Está na hora de o Poder Judiciário frear isso”, diz a entidade.
O caso está na Justiça Federal do Distrito Federal.