Imagem: Ueslei Marcelino/REUTERS
O delegado Cleyber Lopes, da Polícia Federal, pediu nesta terça-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação, por mais 60 dias, do inquérito em que o presidente Michel Temer é investigado. Caberá ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, analisar o pedido.
O inquérito foi aberto em maio do ano passado com base nas delações de Joesley Batista, dono do grupo J&F, e de Ricardo Saud, ex-executivo do grupo.
O inquérito contra Temer foi solicitado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em junho do ano passado e teve sua abertura autorizada por Barroso, em setembro. A apuração mira os possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.
Essa investigação está envolta em polêmica desde que o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, disse em entrevista exclusiva à Reuters que não tinha encontrado indícios de corrupção no inquérito dos portos e indicou tendência de arquivamento do mesmo. Ele também destacou que o delegado responsável pelo caso pode ser questionado pela Corregedoria da PF e até mesmo punido pelos questionamentos feitos a Temer, se houver uma reclamação formal da parte do presidente.
As declarações de Segovia geraram forte reação interna de delegados da PF, entre outras autoridades.