Mais uma acusação de doutrinação escolar ganha proporção nacional no Brasil. Desta vez, o caso aconteceu no município de Serra, no estado do Espírito Santo.
Ariadne, mãe de três filhos, veio a público para denunciar uma tentativa de doutrinação política na escola em que uma das filhas estuda. Julia, de 10 anos, cursa o 5° ano do Ensino Fundamental na Escola Prefeito José Maria Miguel Feu Rosa.
Segundo a mãe da garota, durante esse período de pandemia a escola tem dado continuidade às atividades por meio da Internet. Diversos exercícios têm sido passado pela escola para que os alunos não sejam prejudicados no ano letivo.
Contudo, segundo Ariadne, um dos exercícios veiculados pela escola trazia a temática dos impactos do coronavírus na vida social do país, da família e dos estudantes. Em um dos enunciados, uma charge abordava um diálogo entre dois personagens que associavam a gravidade da pandemia ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
O exercício
Na charge, o primeiro personagem da gravidade da doença, mas enfatiza que existe um vírus ainda pior, que seria o presidente da República.
“Pro Brasil vencer o corona, primeiro vai ter que vencer outro vírus tão mortal: o Bolsonaro”, diz.
Em seguida, o outro personagem concorda:
“Imediatamente!!!”, responde.
Apoiador do PT
A denúncia foi feita por meio das redes sociais e teve um alcance bastante considerável.
Ela chegou a dizer que a filha já fez relatos que o professor da disciplina é simpatizante do Partido dos Trabalhadores (PT) e que constantemente exalta os ideais do partido em sala de aula.
Medidas cabíveis
Uma das pessoas alcançadas foi o deputado federal Capitão Assumção, que é vice-presidente da CPI dos Crimes Cibernéticos.
No Facebook, Assumção considerou tudo o que foi dito por Ariadne e assegurou a gravidade das acusações. Ele disse que levaria o caso às autoridades competentes.
“Eles estão aproveitando esse momento de pandemia para levar doutrinação para dentro dos lares das nossas crianças. Esses comunistas são maus-caracteres porque se fosse um negócio sério, eles manteriam no Portal do Aluno. A doutrinação é covarde. Nós precisamos mudar o ensino do Espírito Santo e do Brasil. Nós precisamos formar pessoas capacitadas e não falar de Marx, Lenin ou Che Guevara. A questão é evitar a ideologia dentro de sala de aula”, declarou o capitão.
Atividade removida
Após a denúncia ganhar visibilidade, a mãe da pequena Júlia disse que a atividade foi removida do Portal do Aluno, local onde a informações onlines dos estudantes são armazenadas.
Por fim, ela frisou que não tem medo de retaliações e que é preciso ter coragem para denunciar as tentativas de doutrinação que vem ocorrendo na educação brasileira.