O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da compra realizada pela gestão João Doria (PSDB) de 3.000 respiradores da China, sem licitação, a um custo superior a R$ 550 milhões.
A compra foi realizada em caráter emergencial, devido à pandemia do coronavírus, e já é alvo de uma apuração em andamento pelo Ministério Público Estadual.
Segundo o portal Pleno News, a nova apuração foi determinada pelo presidente do TCE, Edgard Camargo Rodrigues, atendendo a representação do senador Major Olímpio (PSL), e busca apurar eventuais irregularidades no procedimento e verificar se o preço pago pelos equipamentos está acima do mercado internacional.
O gasto com respiradores pelo governo paulista é acima do de outros modelos de ponta, com preços na faixa de R$ 60 mil a R$ 145 mil, encontrados pela reportagem e informados por fontes no mercado.
Em seu despacho, o presidente solicitou que a equipes de fiscalização do TCE façam diligências, “com a máxima urgência”, para obtenção de documentos relativos a aquisição dos equipamentos, da qual participou uma intermediária do Rio de Janeiro.
Procurado nesta terça-feira (5), o Palácio dos Bandeirantes disse que o estado de São Paulo é o epicentro da crise do novo coronavírus, com 2.851 mortes e 34.053 casos.
– Para salvar a vida dos pacientes que não têm esse tempo para esperar o estado decidiu agir. Os equipamentos serão disponibilizados para a implantação de leitos na rede SUS paulista. A aquisição cumpriu as exigências legais e aos decretos estadual e nacional de calamidade pública. Os recursos são do Tesouro do Estado e Secretaria de Saúde está à disposição do Tribunal de Contas para prestar informações que julgarem necessárias.