Com pena de 100 anos de prisão a cumprir e histórico criminal que inclui o sequestro de avião da extinta Vasp, o traficante Gerson Palermo, 62 anos, fugiu nesta quarta-feira (22), poucas horas depois de ser colocado em prisão domiciliar, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Ele também já foi apontado como uma das lideranças da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Beneficiado por liminar do desembargador Divoncir Scheirener Maran, durante o plantão do judiciário no feriado de Tiradentes, Palemo colocou tornozeleira eletrônica nesta quarta-feira (22) ao meio dia. Às 17h, outra decisão judicial, do desembargador Jonas Hass reverteu a liminar e mandou Parlemo voltar para a prisão. Já era tarde: às 20h14, a unidade de monitoramento virtual de presos identificou o rompimento da tornozeleira, ou seja, a fuga.
Ao revogar a conversão da prisão em domiciliar, o segundo desembargador a avaliar o assunto justificou que Palermo é considerado de “alta periculosidade”, e também questionou a falta de laudo pericial médico atestando as enfermidades que corroborassem o pedido de prisão domiciliar feito pelos advogados.
A defesa havia feito a solicitação no dia 1º de abril, à 1ª Vara de Execução Penal em Campo Grande, sob alegação de que Palermo tem mais de 60 anos, sofre de diabetes e hipertensão e por isso corre risco de contrair a covid-19 no cárcere. Na peça inicial, a reclamação é de que Palermo não foi incluído na decisão do magistrado responsável pela Vara, Mário José Esbalqueiro, que permitiu a prisão domiciliar a presos em situação de risco.
O magistrado, porém, entendeu que diante da pena altíssima e do fato de fazer parte de organização criminosa com tentáculos até fora do País, não era o caso, o que fez com que a defesa recorresse ao TJMS. Agora, as autoridades policiais estão alertadas de que Palermo é mais um a ser recapturado.
Com informações, Campo Grande News.