O juiz Carlos Henrique Lisboa, responsável pelo inventário de Marisa Letícia, esposa falecida do ex-presidente Lula, pediu que o ex-presidente esclareça se ela teria deixado uma fortuna de R$ 256,6 milhões.
A informação tem como origem notícia veiculada pela Rádio Jovem Pan.
Segundo o portal, o valor foi apontado como vindo de certificados de depósitos bancários (CBDs).
Lisboa deu 20 dias para que Lula o explique.
No pedido, emitido na segunda-feira (6), o juiz afirma que “cabe elucidar a questão das unidades de CDB em nome da falecida”.
O documento foi divulgado no Twitter.
Processo de inventário e partilha da Dona Marisa Letícia Lula da Silva. O Juíz quer que seja elucidada a questão envolvendo as 2.566.468 unidades de CDB que a falecida possuía junto ao Banco Bradesco cujo valor unitário é de R$100,00, totalizando o montante de R$256.646.800,00!! pic.twitter.com/JleCRCiJcB
— Bene Barbosa (@benebarbosa_mvb) April 9, 2020
O outro lado
Em resposta, a assessoria de Lula, procurada pelo Congresso Em Foco, disse que “esse dinheiro não existe e nunca existiu”.
Veja a íntegra da nota dos advogados de Lula sobre o assunto:
“Sobre notícias falsas divulgadas com objetivos políticos pelo filho do presidente da República, segue nota dos advogados de Dona Marisa Letícia:
“1 – É inverídica a afirmação divulgada por alguns veículos noticiosos e reproduzida em redes sociais de que o Espólio da ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva seria proprietário de CDBs no valor de R$ 256 milhões.
2- Todos os bens que integram o espólio de D. Marisa e que deverão ser partilhados foram apresentados nos autos do inventário e constam das últimas declarações protocoladas em 02/03/20020, termos da lei. O despacho proferido em 06 de abril faz referência, por equívoco, a escrituras de debêntures que o próprio Juízo reconhece não ter relação com os bens a partilhar (“não há debêntures a partilhar quer em nome da falecida, quer em nome do inventariante”).
3 – Lamentavelmente, mais uma vez o nome de D. Marisa está sendo utilizado para produzir ‘fake news’, com novos ataques à sua honra e memória.
Teixeira, Martins & Advogados”