O governo de Taiwan proibiu que as autoridades usem o serviço de teleconferência Zoom durante o trabalho. O governo de Taiwan está tomando essa medida por razões de segurança.
Segundo especialistas, a segurança do Zoom contém brechas através dos quais os hackers conseguiriam acessar a câmera e o microfone de usuários, bem como os conteúdos das reuniões realizadas por meio deste recurso e assumir o controle dos computadores dos participantes.
O Zoom é uma plataforma que vem ganhando popularidade desde o início da pandemia com seu serviço de videoconferência. Ele funciona gratuitamente por um período limitado e sem prazo para quem assina um pacote.
Igrejas, escolas, empresas e governos também usam o aplicativo para manter a comunicação remota.
No entanto, nesta terça-feira (7), o governo de Taiwan disse a todos os funcionários que o uso do Zoom está agora fora de questão.
O Citizen Lab, um ‘think tank’ de segurança na Internet, disse na semana passada em um comunicado que o Zoom usa servidores e desenvolvedores chineses.
Para o Taiwan, isso significa um sério risco à segurança, porque o governo do ditador Xi Jinping, do Partido Comunista Chinês, não reconhece a nação insular.
O governo de Taipei permite que seus funcionários usem o software do Google e da Microsoft para comunicação.
“Falhas”
O próprio diretor executivo da empresa responsável pela ferramenta, Eric Yuan, reconheceu as “falhas”, informando que a equipe está buscando adotar medidas para qualificar a estrutura de segurança do programa.
Yuan declarou que a companhia não conseguiu assegurar mecanismos adequados diante do aumento exponencial da base de usuários. Entre dezembro e abril, o número de pessoas utilizando o recurso saiu de 10 milhões para 200 milhões.
“Nós admitimos que frustramos as expectativas de privacidade nossa e da comunidade. Por isso, peço desculpas e divido que estamos fazendo algo a respeito”, escreveu o chinês no blog da empresa em 1º de abril.
Entre essas “falhas” estava o fato de que a empresa repassava dados dos seus usuários ao Facebook, mesmo quando estes não possuíam uma conta na rede social.
Brasil
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um dos órgãos públicos na linha de frente do combate à pandemia do coronavírus chinês, também proibiu o uso da ferramenta de videoconferência Zoom pelo mesmo motivo.
A área de tecnologia da informação da Anvisa teria tomado contato com análises de especialistas em segurança cibernética em fóruns internacionais nas quais foram apontadas falhas graves de segurança no recurso Zoom meeting.
EUA
Nos EUA, o departamento de educação da cidade de Nova York e a empresa de viagens espaciais de Elon Musk, SpaceX, proibiram anteriormente a ferramenta de comunicação.