O vice-procurador-geral eleitoral Renato Brill de Goés entende que há indícios suficientes de que o Partido dos Trabalhadores recebeu recursos “oriundos de pessoas jurídicas estrangeiras”.
Ele diz que há indícios suficientes de todos recebimentos ilegais por parte do partido.
Os recursos advindos da Keppel FELS, de Cingapura, e da japonesa Toshiba, como dito no documento, teriam sido usados, por exemplo, para o pagamentos de despesas da sigla.
“Diante de tal contexto, forçoso reconhecer a existência de indícios suficientes do recebimento, por parte do Partido dos Trabalhadores – PT, ora requerido, via interpostas pessoas, de recursos oriundos de pessoas jurídicas estrangeiras (Keppel FELS e Toshiba), inclusive para pagamento de despesas contraídas pelo próprio Partido, a evidenciar, em tese, interesse direto da instituição partidária e não apenas de dirigente seu, circunstância que autoriza o prosseguimento do feito quanto à hipótese do inciso I do art. 28 da Lei dos Partidos Políticos, com a inauguração de sua fase de instrução.”
O outro lado
O PT alega que “não existem quaisquer provas das supostas irregularidades suficientes para ensejar o cancelamento do registro”.
Para a presidente do sigla, Gleisi Hoffman, “o procurador pode querer calar a voz da oposição, atendendo aos desejos do governo, só isso justifica a admissão de um pedido esdrúxulo e ilegal de cancelar o registro do PT”.