Conforme noticiado pelo Conexão Política nesta quinta-feira (2), uma professora foi até o Palácio do Planalto para pedir o encerramento do isolamento horizontal, que foi imposto por governadores para combater o novo coronavírus no país.
Esse tipo de isolando não limita grupos e, portanto, todos devem permanecer em casa.
Apoiadora do presidente, a mulher foi identificada como Fátima Montenegro. Ela é quem aparece nas imagens divulgadas pelo presidente.
Fátima afirmou não estar trabalhando no momento, pois é professora de ensino particular. Ela também chegou a dizer que não gostaria do dinheiro do governo, mas exigia o retorno das atividades.
Em entrevista ao site Metrópoles, a professora afirmou que passou a receber ameaças após o vídeo ser publicado nas redes sociais. Ela diz acreditar que alguém vazou o número do telefone dela.
“Estão me ameaçando, não param de me ligar. Tenho meus dois filhos. Não tive intenção nenhuma, maldade de ninguém. Estou acordada até agora, não dormi nesta noite”, relatou.
Ela negou as acusações de que o discurso foi armado para favorecer o presidente.
“Não conheço o presidente, não foi nada armado. Pedi para ele isso. Na verdade, levei meus filhos para passear. Aí fiquei emocionada. Como vou prover meu lar? Não faço outra coisa a não ser dar aulas. Me deixem em paz. Quero continuar minha vida como era (…) Eu tenho dois filhos, moro sozinha. Estão brincando com a minha vida”, frisou.
Ela ainda comentou das acusações que vem sofrendo sobre defender uma intervenção militar no país. Fátima diz que em nenhum momento defendeu isso, apenas reiterou a necessidade dos estabelecimentos voltarem a funcionar normalmente.
“Por que falei isso? Não pedi intervenção [militar]. Se não estão deixando abrir o comércio, não pode deixar ninguém fazer [nada], põe o exército para pelo menos proteger a gente. Por que vão prender a gente. Não tive outra intenção. Me arrependi tanto de falar isso. Por que não veio polícia na minha cabeça?”, completou.