O coronavírus chinês reivindicou 1.339 vidas na Holanda; 166 novas notificações de mortes foram recebidas pelo Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente (RIVM) nas últimas 24 horas. O número de infecções também aumentou em 1.083, subindo para um total de 14.697 casos nesta quinta-feira (02), informou o De Telegraaf.
Até o momento, 5.784 pessoas precisaram ser hospitalizadas, 625 novas hospitalizações ocorreram nas últimas 24 horas.
Segundo o RIVM, o número real de infecções pelo vírus chinês é maior que o número registrado. Isso ocorre porque nem todos são testados para o vírus, refletindo nas estatísticas. Também há um atraso entre o dia da morte e o dia em que a morte é relatada. A grande maioria das pessoas que faleceram tinha mais de 70 anos.
Capacidade limitada de testes
Os testes para o vírus chinês na Holanda estão em pleno funcionamento, cerca de 10.000 testes são realizados por dia, divididos em 34 laboratórios. No entanto, alguns suprimentos para os testes estão escassos, porque há poucas empresas no mundo que fabricam determinados produtos utilizados nestes testes. E demanda também é enorme em todo o mundo.
Há escassez de outros materiais de laboratório no país, como certos líquidos necessários no laboratório.
Globalmente, há uma escassez de certos materiais de laboratório necessários para os testes. É por isso que a RIVM, junto a laboratórios holandeses e internacionais, está procurando outras formas de testes que requerem diferentes materiais de laboratório.
Além dos atuais testes de reação em cadeia da polimerase por PCR, que revelam o material genético do vírus, a Holanda também analisa outros tipos de testes. Estes são testes que mostram a presença de proteínas virais (testes antigênicos), e testes que mostram a presença de anticorpos no sangue (testes sorológicos).
Usando esses testes, por exemplo, em combinação com o teste atual, a Holanda espera examinar mais pessoas no futuro se elas têm ou tiveram o vírus chinês.
Curados
Na Holanda, o RVIM não está registrando o número de curados. Além de não estarem testando toda a população com sintomas relativos ao vírus chinês, no país não há a obrigação de informar se pessoas foram curadas da doença. Uma pessoa que não tem reclamações por 24 horas é considerada curada, segundo o RIVM.
UTI
O De Telegraaf informou que o presidente da associação profissional de mais de 105.000 enfermeiros (V&VN), Gerton Heyne, soou o alarme hoje. Na Holanda, 2.400 leitos de UTI são o máximo absoluto que ainda pode ser atendido por enfermeiros treinados em unidade de terapia intensiva.
“Qualquer desejo acima de 2.400 está brincando com fogo, é uma ilusão”, disse Heyne.
Segundo Heyne, o que está sendo pedido já está no limite.
“É mentalmente muito pesado. E você não pode simplesmente abrir uma latinha e tirar enfermeiros de UTI”, disse Heyne.
O Centro Nacional de Coordenação de Distribuição de Pacientes (LCPS) da Holanda fornecerá uma atualização sobre a situação nas unidades de terapia intensiva, onde os pacientes em estado crítico se encontram.
Na quarta-feira (1/04), havia 1.191 pacientes internados em UTI, segundo o LCPS.