Na noite desta quarta-feira (7), o portal de notícias “Veja” divulgou uma matéria tendenciosa do título ao rodapé. O texto dá a entender que o economista Paulo Guedes, cotado para ser o ministro da Fazenda de Jair Bolsonaro, está “traindo” o deputado.
Leia a parte da tendenciosa:
“O economista Paulo Guedes é o mais novo apoiador do movimento Brasil 200, lançado em janeiro pelo presidente das Lojas Riachuelo, Flávio Rocha. Ele foi anunciado pelo deputado e pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSC-RJ) como seu provável ministro da Fazenda e o tem aconselhado na área econômica. Rocha também sonha em se viabilizar para a Presidência da República e nos últimos dias tem cumprido uma agenda intensa de encontros com empresários e políticos.
Rocha e Guedes tiveram nesta terça-feira uma conversa de mais de três horas no Rio de Janeiro – antes, o empresário se encontrou com o prefeito Marcelo Crivella (PRB). O dono da Riachuelo contou que o economista ficou de gravar um vídeo de apoio ao movimento, que busca um candidato a presidente que seja conservador nos costumes e liberal na economia. Ele nega ser esse candidato, mas aliados próximo já o tratam como tal.
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Há cerca de um mês, foi Bolsonaro quem conversou por três horas com Flávio Rocha. Ao portal EXAME, ele disse que o empresário seria muito bem-vindo se quisesse se juntar à sua equipe e que o via até como uma opção para ser presidente.
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O CEO da Riachuelo também não vê com bons olhos as ideias de Bolsonaro, a quem considera de esquerda na economia e de direita nos costumes. “Ele já mostrou que é estatizante”, afirmou.
Com estes últimos gestos, o ex-capitão do Exército e o empresário demonstram estar em lados opostos. Resta saber de que lado está Paulo Guedes. Ou se pretende ser uma ponte entre os dois.”
A verdade
“Após a publicação desta matéria, o economista Paulo Guedes entrou em contato para dizer com todas as letras que não apoia a candidatura de Flávio Rocha e que, durante a conversa, comentou que ele seria um “bom vice de Bolsonaro”. “Gosto do Brasil 200, mas acho que Flávio Rocha não tem densidade eleitoral para ser candidato a presidente”.