Conforme noticiado pelo Conexão Política em 27 de janeiro de 2020, o prefeito da cidade de Wuhan, epicentro da epidemia do coronavírus na China, assumiu parte da responsabilidade pela propagação da doença e ofereceu renúncia do cargo.
Em entrevista à televisão estatal chinesa, Zhou Xianwang afirmou que a resposta de sua administração ao surto “não foi boa o suficiente”.
O prefeito também admitiu que a divulgação de informações pelas autoridades da cidade foi “insatisfatória”.
Zhou ainda assegurou que pelo menos 5 milhões de pessoas deixaram a cidade antes de o governo decretar o isolamento, o que certamente pode ter contribuído para uma disseminação maior do vírus pelo país.
Ma Guoqiang, secretário do Partido Comunista da China em Wuhan, também ofereceu o seu cargo.
“Nossos nomes viverão na infâmia, mas enquanto for propício ao controle da doença e à vida e segurança das pessoas, o companheiro Ma Guoqiang e eu assumiremos qualquer responsabilidade”, disse Zhou em entrevista à emissora CCTV.
Morte de Li Wenliang
A morte do médico chinês Li Wenliang foi confirmada no dia 6 de fevereiro de 2020, pelo Hospital Central de Wuhan.
“Li Wenliang, oftalmologista do nosso hospital, infelizmente infectado na luta contra a epidemia do novo coronavírus, (…) morreu às 2h58 de 7 de fevereiro de 2020 (1h58 de 6 de fevereiro no horário de Brasília). Lamentamos profundamente”, diz trecho da nota divulgada pelo hospital.
Li Wenliang é apontado como o primeiro a identificar a existência do surto do novo coronavírus e alertar as autoridades, mas foi acusado pelo governo chinês de “espalhar boatos” relacionados ao surto.
Ele era casado e tinha uma filha de cinco anos.