O número de mortes na Itália pelo coronavírus chinês aumentou de forma alarmante no domingo (15). Houve 368 mortes, das quais 252 na Lombardia, um recorde absoluto e muito mais do que no sábado, quando 175 morreram em toda a Itália.
Esse número alto se deve ao fato de muitos italianos terem se reunido com muita frequência nas duas últimas semanas, subestimando o problema. Escolas e universidades em toda a Itália só foram fechadas a partir de 5 de março.
Em 9 de março, o primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou que os italianos só poderiam sair às ruas por um bom motivo, como fazer compras ou passear com o cachorro.
Até o momento, 1.809 pessoas morreram do coronavírus na Itália e 24.747 pessoas foram diagnosticadas com a infecção. Os números continuam a aumentar fortemente. A esperança é que, por volta de 22 de março, haja menos infecções. Só então, ficará claro se as medidas tomadas valeram a pena.
Por enquanto, a situação é particularmente dramática na cidade e na província de Bérgamo (Lombardia). Somente no sábado, houve 552 novos casos de pessoas infectadas. Um jornal local publicou 10 páginas de anúncios de funeral, que normalmente são 1 página. Uma igreja em Bérgamo está cheia de caixões porque não há mais lugar no cemitério.
Além disso, o risco de infecção para médicos em hospitais é alto. Por exemplo, um homem de 48 anos da equipe médica em Bérgamo morreu do vírus corona que adquiriu enquanto trabalhava. O grande medo é que o número de pacientes infectados com o coronavírus na cidade densamente povoada de Milão também fique fora de controle e que os hospitais também não possam lidar com o problema.