Por meio da novilíngua e do politicamente correto a China está conduzindo ações para que a origem do coronavírus chinês caia no esquecimento no futuro. E a coisa vai além do jogo de palavras. Autoridades chinesas, como o porta-voz do Ministério de Relações Internacionais da China (tuíte abaixo) já falam até mesmo que o coronavírus chinês se originou nos EUA. Eles não brincam.
2/2 美国疾控中心主任被抓了个现行。零号病人是什么时候在美国出现的?有多少人被感染?医院的名字是什么?可能是美军把疫情带到了武汉。美国要透明!要公开数据!美国欠我们一个解释! pic.twitter.com/vYNZRFPWo3
— Lijian Zhao 赵立坚 (@zlj517) March 12, 2020
Abaixo o print do tuíte acima com a tradução automática do Twitter:
A escolha rápida de um nome (COVID-19) foi a primeira ação para dissociar a doença do seu país de origem no longo prazo. Naquele momento as pessoas chamavam naturalmente a doença pelo o que ela é e de onde ela vem. Um coronavírus chinês. Daí a importância de não sermos levados por essa manipulação e corrigirmos a maneira como nos referimos a doença: é um coronavírus chinês, é também um coronavírus de Wuhan. Apelidos só contribuem para borrar a história no futuro.
Não há xenofobia alguma ao chamarmos a doença como coronavírus chinês, ou de Wuhan, por dois motivos muito simples: é um coronavírus e é de Wuhan, na China.
Reforçar isso é contribuir para que a história não seja alterada, manipulada, relativizada, precisamos garantir que no futuro ninguém tenha dúvida de onde veio essa doença, o que pode ajudar a evitar novas e piores pandemias. Não se pode sonegar referências precisas para os adultos de amanhã, hoje criancinhas ou até não nascidos. Mudar o modo natural como falamos é censura e neste caso, é tentativa clara de deturpar a história.
A China pode comandar a OMS, mas não pode comandar nosso vocabulário.