A Dinamarca está adotando medidas rigorosas para retardar a propagação do vírus coronavírus. Todas as instituições de ensino, de jardins de infância a universidades, fecharão nas próximas duas semanas. Além disso, todos os funcionários públicos que não cumprem uma função crucial ficarão em casa, com licença remunerada.
A Dinamarca introduziu essas medidas destinadas a proteger doentes e idosos da exposição ao vírus. Como tal, todos os profissionais de saúde do país que viajaram para áreas de surtos nos últimos 14 dias deverão agora ficar em casa.
A Autoridade de Saúde Dinamarquesa orientou as pessoas no país a não apertarem as mãos, se beijarem ou se abraçarem, dado o risco de disseminação do coronavírus.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciou essas medidas rigorosas durante uma conferência de imprensa na noite de quarta-feira (11). Frederiksen disse que estava bem ciente das principais consequências que a política dela terá.
“No entanto, a alternativa seria ainda mais séria. Em circunstâncias normais, um governo não apresentaria medidas tão abrangentes sem examinar todas as soluções, mas estamos em uma situação excepcional”, disse a primeira-ministra dinamarquesa.
Na conferência de imprensa de quarta-feira, o governo dinamarquês orientou seus cidadãos a não viajar para a Tailândia, Turquia, Egito e Índia, com o Ministério das Relações Exteriores classificando-os como “laranja” em seu aviso de viagem.
Também alertou para evitar viagens para as regiões francesas da Córsega, Alsácia e as áreas de Oise e Val d’Oise, a região de Tirol na Áustria, Israel, as regiões espanholas de Madri, La Rioja e o país basco e as regiões alemãs de Bayern e Nordrhein-Westphalia.
Isso se baseia na lista existente de países de partida proibidos que o país anunciou na terça-feira. Isso abrange todas as áreas designadas como “vermelhas” pelo Ministério de Relações Exteriores na avaliação do risco de coronavírus, o que significa que não aconselha todas as viagens (não apenas viagens não essenciais) para essas áreas.
As regiões italianas em questão são Lombardia, Emília-Romanha, Piemonte, Vêneto, Marcas e Vale de Aosta. A proibição também atualmente abrange todo o Irã; Ischgl na Áustria; Província de Hubei na China; Cidade de Daegu e província de Gyeongbuk na Coreia do Sul.
A proibição é aplicada inicialmente por 14 dias, mas pode ser estendida.
Segundo os dados da Autoridade Dinamarquesa de Segurança do Paciente (Styrelsen for Patientikkerhed), o número de casos de coronavírus também está aumentando acentuadamente na Dinamarca.
Nesta quinta-feira (12), 617 infecções foram registradas, um aumento de mais de 50% em um dia. E esse aumento será acelerado nos próximos dias.
A primeira-ministra Frederiksen anunciou que seu governo está tomando medidas de curto prazo para proteger a economia dinamarquesa dos efeitos da pandemia do coronavírus.
“Como país, não seremos capazes de sobreviver a isso gratuitamente. As empresas fecharão. Alguns vão perder o emprego. Faremos o que pudermos para minimizar o impacto nos funcionários”, disse Frederiksen.