Até este domingo (8), 109.711 pessoas em todo o mundo foram infectadas pelo coronavírus, incluindo 3.802 mortes, em 107 países. Após a China, a Itália é o país com o maior número de infectados, 7.375.
A maioria dos casos na Itália foi diagnosticada nas regiões norte de Vêneto e Lombardia. Até o momento houve 366 mortes no país; e a maioria destas vítimas tinha a idade de 62 a 95 anos.
Como noticiado anteriormente, a Itália executou um plano de emergência mantendo 16 milhões de italianos em quarentena por causa do vírus corona. Toda a região norte da Itália da Lombardia e 11 províncias, incluindo Veneza, estão bloqueadas. O governo italiano pretende combater a explosão do vírus corona em todo o resto do país.
O sul da Itália teme o retorno de trabalhadores migrantes do norte. Todos os aeroportos italianos ainda estão abertos. Trens e aviões ainda estão disponíveis, mas a polícia limitará o uso destes transportes a todos, com algumas exceções.
“Queremos garantir a saúde de nossos cidadãos. Entendemos que essas medidas imporão sacrifícios, às vezes pequenos e às vezes muito grandes”, disse o primeiro-ministro Conte ao anunciar as medidas.
Sob as novas medidas, as pessoas não devem poder entrar ou sair da Lombardia, onde Milão é a principal cidade.
As mesmas restrições se aplicam a 14 províncias: Modena, Parma, Placência, Reggio Emilia, Rimini, Pesaro e Urbino, Alexandria, Asti, Novara, Verbano Cusio Ossola, Vercelli, Pádua, Treviso e Veneza.
“Não haverá movimento dentro ou fora dessas áreas, ou dentro delas, a menos que por motivos comprovados relacionados ao trabalho, emergências ou motivos de saúde”, disse Conte a repórteres.
“Estamos diante de uma emergência, uma emergência nacional. Temos que limitar a propagação do vírus e impedir que nossos hospitais sejam sobrecarregados.”
Alguns transportes dentro e fora das regiões afetadas continuaram no domingo. Os voos continuaram a chegar aos aeroportos de Malpensa e Linate, em Milão, embora alguns voos programados tenham sido cancelados.
No entanto, a empresa aérea italiana Alitalia disse que suspenderia todas as operações de Malpensa a partir de segunda-feira e Linate serviria apenas rotas domésticas. Os voos internacionais continuariam de e para Roma.
Quanto às novas restrições, casamentos e funerais foram suspensos, além de eventos religiosos e culturais. Cinemas, boates, academias, piscinas, museus e estações de esqui foram fechados. Restaurantes e cafés nas zonas em quarentena podem abrir entre as 06:00 e as 18:00, mas os clientes devem sentar-se a pelo menos 1 m de distância.
As pessoas foram instruídas a ficar em casa o máximo possível, e aqueles que quebram a quarentena podem enfrentar 3 meses de prisão.
A situação em torno do coronavírus na Itália tornou-se tão extrema que se propõe estabelecer um limite de idade para as pessoas serem admitidas em terapia intensiva.
O chefe da Unidade de Terapia Intensiva da Lombardia, Antonio Pesenti, disse que o sistema de saúde está à beira do colapso, e a unidade de terapia intensiva está sendo instalada nos corredores. Em 26 de março, eles preveem cerca 18.000 casos de Covid19 na Lombardia, dos quais cerca de 3.000 precisarão de cuidados intensivos.
Outros países
Outros países da Europa também apresentaram um aumento expressivo do número de infectados nos últimos três dias, com destaques para a França (1.126), Alemanha (1.018), Espanha (613), Suíça (336) e Holanda (265).
Na Alemanha, também coronavírus fez sua primeira vítima; um homem de 60 anos que voltou de suas férias no Egito, onde esteve em Luxor e Hurghada.
O Ministro alemão Jens Spahn quer adiar grandes eventos.
Na Holanda, 3 pessoas morreram devido ao coronavírus. As vítimas tinham mais de 80 anos e já estavam gravemente doentes.
Até o fechamento da matéria, no Reino Unido houve 2 mortes, na França 19 e na Espanha 17 e em San Marino 1.
O coronavírus também chegou a outros países europeus, destacando a Suécia (203), Bélgica (200), Noruega (167), Áustria (104), Grécia (73), entre outros.
Para ver a lista completa, clique neste link e veja o mapa, que é constantemente atualizado, com o rastreamento do novo vírus corona por país, elaborado por Pesquisadores da Universidade de Saúde Pública Johns Hopkins, em Baltimore, nos EUA.