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Neste mês de janeiro, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) concluiu a elaboração da Resolução 01/2018, divulgada no “Dia da Visibilidade Trans”. O objetivo do documento é “combater a transfobia”, estabelecendo normas para a atuação de psicólogos ao atenderem pacientes que se declaram transgênero.
Mal foi divulgada e a Resolução 01/2018 já está sendo alvo de críticas, pois está sendo apontada como mais uma tentativa de doutrinação ideológica por parte do ativismo LGBT presente nos Conselhos Profissionais. No caso mais específico da psicologia, a resolução poderia ser uma forma de imposição de um modelo único de pensamento e menosprezando justamente a “diversidade” tão defendida pelo próprio movimento.
O novo documento parece ser uma resposta do CFP à notável derrota judicial que sofreu, após o juiz titular Waldemar Cláudio de Carvalho julgar a Resolução 01/99 – que proibia os psicólogos de atender homossexuais egodistônicos, em conflito com sua própria homossexualidade – abusiva. A decisão judicial atendeu a uma ação movida por três psicólogos e assinado por milhares de outros profissionais da área, que pediram a suspensão dos efeitos dessa Resolução.
Fato é que a Resolução 01/2018 parece ter motivações muito semelhantes à derrotada Resolução 01/99.
“A norma recém-aprovada impede o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação e veda a colaboração com eventos ou serviços que contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias”, diz um trecho do documento.
Já atacada por diversas vezes pelos Conselhos Regional e Federal de Psicologia em razão das denúncias que ela fez sobre o ativismo e a doutrinação ideológica presente nessas autarquias, a psicóloga Marisa Lobo gravou e publicou um vídeo em suas mídias sociais, alertando sobre a nova decisão.
Especialista em Direitos Humanos, Marisa também é um nome conhecido no combate à ideologia de gênero. O tema polêmico foi abordado em uma de suas obras recentes, “A Ideologia de Gênero na Educação”.
A piscóloga afirmou que o CFP está adotando um procedimento arbitrário.
“Só há um jeito: entrar com uma ação contra o Conselho de Psicologia, que infelizmente está sendo ditador, está negando toda a ciência. Nós não podemos compactuar com isso de forma alguma”, disse Marisa.
Marisa Lobo e outros psicólogos estão se organizando para entrar com a ação contra o Conselho de Psicologia por violação de competência e abuso de poder. O grupo já acionou um advogado para cuidar do caso.