O corte extraordinário nos juros dos Estados Unidos realizado nesta última terça-feira (3) pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em meio aos temores com o coronavírus, mudou completamente e de forma imediata as apostas do mercado financeiro para a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) deste mês, segundo reportagem do jornal “O Estado de. Saulo”.
A tendência agora é de queda da Selic, e não mais de manutenção da taxa em 4,25%.
Menos de um mês após o BC afirmar que “vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, o mercado passou a enxergar como mais provável um novo corte de 0,25 ponto porcentual na taxa Selic em março, de acordo com a maiorias das estimativas do levantamento relâmpago do Projeções Broadcast. E ainda casas que preveem corte mais robusto, de 0,50 ponto – mesma magnitude do corte do Fed.
Das 27 instituições consultadas, apenas nove projetam manutenção da taxa básica de juros na atual mínima histórica, de 4,25%. Entre as que esperam novos estímulos monetários, 15 acreditam em cortes de 0,25 ponto porcentual e outras três, de 0,50 ponto. Após o Copom de fevereiro, 39 das 41 casas ouvidas previam permanência da Selic.