Pela primeira vez no Brasil uma manifestação de apoio a um Presidente da República e de exaltação de um dos poderes da república – o executivo – está sendo veementemente condenada por boa parte da imprensa e da classe política. Atos que apoiam o que não apoio são afronta, dizem com outras palavras.
Políticos que ambicionam o poder executivo, em parceria com jornalistas, criminalizam o direito do povo de defender o resultado das urnas em público. Agentes de desinformação – “jornalistas” – atacam nas redes sociais os brasileiros que ousam afrontar seus interesses e de seus chefes.
Tal grupo mudou todo entendimento sobre protestos populares. A mudança foi abrupta e sem aviso prévio. Montaram um grande jogo de palavras da noite para o dia. A partir de agora, toda manifestação favorável a um político não autorizado pelo grupo, é culto e autoritária; todo ato contrário a um grupo político protegido, é um ataque contra as instituições.
Uma vez que o povo se voltou contra essa estratégia orquestrada por políticos e jornalistas nas redes sociais, uma velha narrativa voltou à mesa: “Os robôs estão atacando a imprensa, os jornalistas, a liberdade. O mundo civilizado, prudente e sofisticado precisa reagir contra esses bárbaros”.
A estratégia não muda nunca. Foi assim que perderam as últimas eleições, será assim que vão perder as próximas. É assim que perderam assinantes, é assim que continuarão perdendo. Não querem entender o Brasil, querem é anular a espontaneidade democrática, impor de cima para baixo um jeito de pensar mais apropriado, mais oportuno, querem suprimir a liberdade desse “povo sujo e grosseiro”.
Mas, afinal de contas, o que une políticos e jornalistas nessa empreitada contra os brasileiros? Por parte dos políticos, há o entendimento claro de que o governo que aí está começa a transformar o Brasil numa verdadeira nação. Valores e anseios nacionais pela primeira vez começam a ser defendidos e exaltados, o povo nunca esteve tão por cima da carne seca. Com isso o retorno num futuro próximo daqueles que sempre se revezaram no poder, fica mais difícil.
Por parte da classe jornalística, já está claro que as vias democráticas não estão proporcionando aquilo que mais desejam na vida: dinheiro e monopólio do discurso. Ambos concluem, portanto, que podem atuar em conjunto na busca do objetivo em comum: retroceder o Brasil para os tempos de diálogos cabulosos, acordões, e livre distribuição de verbas a todos que estiverem fechados na causa.
Como numa propaganda da Doriana, jornalistas e políticos se juntam para um prudente e sofisticadíssimo café da manhã sem a presença de requeijão, danoninho, ou bolo de milho, comida de afrontadores da democracia.