Prestes a completar um ano e dois meses no cargo, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), recebeu a equipe do jornal O DIA no Palácio Guanabara para uma entrevista.
Witzel foi questionado sobre a sua relação com o presidente Jair Bolsonaro.
CONFIRA
Alguns de seus eleitores se dizem preocupados com seu atrito com o presidente Bolsonaro.
Tenho apreço pelo presidente, quero que o governo dele dê certo. No que eu puder ajudar, eu vou ajudar, só preciso que ele me deixe ajudar.
Ele não está ajudando?
Se ele me receber, já vai ser um grande passo.
Quantas vezes o senhor já pediu audiência?
Eu pedi uma vez e quero que você (dirigindo-se ao secretário Cleiton, ele deu uma ordem) reitere um pedido de audiência com o presidente Bolsonaro e vou convidar inclusive os governadores dos estados endividados. O presidente precisa me receber, ele não pode deixar de receber um governador de Estado.
Qual a sua explicação para ele ainda não tê-lo recebido?
Aí tem que perguntar para ele. Se tem alguém que não quer odiá-lo esse alguém sou eu. Sou um homem de diálogo, consenso, de respeito, sou uma pessoa preocupada com o Brasil e com o Rio e, evidentemente, que eu não vou admitir que o Rio seja prejudicado. Se na menor hipótese eu verificar que há, por parte de quem quer que seja, um ato leviano contra o Rio, especialmente pelo presidente da República, tomarei providências. Existem leis para isso, crimes de responsabilidade e mecanismos legais para se fazer isso. Mas eu acredito que o que o presidente Bolsonaro imagina que acontece no Rio não acontece. Não há manipulação da minha parte na polícia, nem no MP, nem no Judiciário, não há nada disso. Há vontade de governar em parceria.