A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (13) a Operação Narcos, cujo objetivo é desmantelar a ORCRIM (organização criminosa) voltada ao tráfico de drogas e armas, a esquemas de lavagem de dinheiro, e ligada à facção criminosa.
Durante a operação, a PF contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina.
Policiais federais deram cumprimento a 24 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão – 16 preventivas e uma temporária, sendo 4 preventivas referentes a indivíduos que já se encontram presos –, em endereços nos Estados de SC, BA, MG, ES e RS.
No curso da investigação, identificou-se que integrantes do grupo possuíam patrimônios milionários em seus próprios nomes e no de terceiros (parentes e outros ‘laranjas’), razão que levou à decretação do sequestro de imóveis, vários de alto padrão, incluindo apartamentos em Itapema/SC, Bombinhas/SC, Porto Belo/SC e um sítio em Canelinha/SC. Também foram sequestrados automóveis de alto valor e determinado o bloqueio de contas de 25 investigados.
A ORCRIM atuava em vários estados e utilizava pequenas aeronaves e aeródromos para trazer drogas da Bolívia, com posterior revenda no mercado interno ou envio para outros países, por meio de transporte marítimo, a partir de portos localizados em SC e de outros.
Quase 2 toneladas de cocaína foram apreendidas durante a investigação, bem como 12 aeronaves, o que resultou na prisão em flagrante de alguns integrantes do grupo, tendo, inclusive, um dos seus líderes sido preso em meados de 2019, no Pará.
Por suas condutas, os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, todos da Lei nº 12.850/2013, e de lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98), cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos.