O porteiro do condomínio onde Jair Bolsonaro tem casa no Rio de Janeiro mentiu em seu depoimento à Polícia Civil.
Segundo informações do jornal O Globo, o “laudo da Polícia Civil obtido concluiu que a voz do porteiro que liberou a entrada do ex-PM Élcio Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, não é a do funcionário que mencionou o presidente Jair Bolsonaro aos investigadores da Delegacia de Homicídios”.
Ainda segundo o jornal, o “resultado do laudo reforça suspeitas de investigadores de que o porteiro que citou Bolsonaro pode ter agido a mando de terceiros.”
Caso Marielle: porteiro mentiu sobre ida de suspeito à casa de Bolsonaro
Em outubro do ano passado, a procuradora do Ministério Público Simone Sibilio, chefe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), confirmou que o porteiro que envolveu o nome do presidente Jair Bolsonaro na morte da vereadora Marielle Franco mentiu em depoimento à Polícia Civil.
De acordo com Simone, quem autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio do presidente é Ronnie Lessa, acusado de ter feito os disparos.
Na noite de 29 de outubro de 2019, a edição do Jornal Nacional divulgou uma menção nominal ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) no caso dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL), do Rio de Janeiro, e do motorista dela, Anderson Gomes, ocorridos em 14 de março de 2018.
Após o MPE-RJ desmentir, Bolsonaro fez duras críticas à TV Globo.
“Lamentável a TV Globo, querendo me associar ao possível mandante da execução da senhora Marielle Franco. Esse caso não está encerrado. Eu vou até o fim. Não ficará por isso mesmo”, afirmou.
E disparou: “É um jornalismo vergonhoso, sem escrúpulos”.