O ex-chefe de liquidações do traficante Pablo Escobar morreu na prisão, na Colômbia. Jhon Jairo Velásquez, de 57 anos, conhecido como “Popeye”, que dizia ter cerca de 3.000 assassinatos em sua consciência, morreu na quinta-feira (6) de um câncer de esôfago, segundo um comunicado da prisão.
Popeye era o “chefe de segurança” do Cartel de Medelín, de Pablo Escobar. Ele era um matador de aluguel que se tornou um peão importante para o cartel. Em 1989, por exemplo, ele matou o candidato presidencial colombiano Carlos Galán, porque havia declarado abertamente guerra aos cartéis de drogas.
Naquele mesmo ano, ele tentou matar o outro candidato presidencial, César Gaviria, pelo mesmo motivo, fazendo explodir um pacote de bombas em seu avião. Mas Gaviria decidiu no último minuto não embarcar no avião. A bomba explodiu e as 110 pessoas que estavam no avião morreram.
Ele disse que ordenou outros 3.000 assassinatos. Por causa de seus crimes, ele esteve preso por mais de 20 anos.
Após sua libertação, em 2014, ele se autoproclamou ativista político e criticava regularmente políticos. Durante esse período, ele frequentemente apareceu na mídia e reuniu mais de 1,2 milhão de seguidores em seu popular canal no YouTube.
No documentário “Facing Escobar” de 2016, que se concentra no mais “notório” traficante de drogas da Colômbia, Velásquez recorda com nostalgia o auge do comércio de cocaína. Onde os agentes americanos da DEA contam como derrubaram um criminoso sem escrúpulos, Popeye fica com lágrimas nos olhos quando fala sobre seu ex-chefe.
“Escobar era um assassino, era um terrorista, mas também era meu amigo”, comentou Velásquez.
Velásquez foi preso novamente em 2018. O motivo de sua prisão foi formação de quadrilha criminosa e extorsão. Ele acabou na prisão de alta segurança de Valledupar, onde morreu de câncer no esôfago metastático na quinta-feira (6).