O número de casos antissemitas documentados na Grã-Bretanha aumentou pelo quarto ano consecutivo em 2019, atingindo um recorde de 1.805 casos, informou a JTA na quarta-feira (5), citando o relatório anual do Community Security Trust (CST) sobre antissemitismo no Reino Unido.
No geral, o aumento em relação a 2018 foi de 7%, mas a categoria de ataque aumentou 27%, para 157 casos, disse o CST, o maior órgão de vigilância dos judeus britânicos contra o antissemitismo.
É a maior contagem de casos antissemitas na categoria de assalto em um ano civil, segundo a CST. O vandalismo antissemita aumentou 11%, para 88 casos.
Entre os motivos verificados em 495 casos no geral, o antissemitismo trabalhista representou 45% e o neonazismo um quarto deles. Os motivos antisionistas e islamistas representaram outros 25% e 3,8%, respectivamente.
Os picos de casos se correlacionaram com os períodos em que o discurso em torno dos judeus e do antissemitismo “era proeminente nos noticiários e na política, devido à contínua controvérsia sobre as alegações antissemitas no Partido Trabalhista”, escreveu a CST.
Marie van der Zyl, presidente do Conselho de Deputados dos Judeus Britânicos, classificou o aumento documentado no relatório de “profundamente deprimente”. Ao mesmo tempo, acrescentou, “a Grã-Bretanha continua sendo um lugar feliz para sua comunidade judaica”.
Um relatório divulgado pela comunidade judaica britânica em agosto do ano passado constatou que um número recorde de quase 900 casos de antissemitismo havia sido registrado no Reino Unido apenas nos primeiros seis meses de 2019.
Um relatório do governo divulgado em outubro do ano passado revelou que o número de crimes de ódio com base na religião contra judeus na Inglaterra e no País de Gales quase dobrou em 2018.