Um grupo judeu na Ucrânia relatou que o número de ataques antissemitas registrados diminuiu 27% em 2019.
A Comunidade Judaica Unida da Ucrânia, um dos vários grupos que representam os judeus ucranianos, divulgou na segunda-feira (13) um relatório de que houve 66 ataques antissemitas em 2019, ante 90 em 2018.
O grupo atribui o declínio do antissemitismo à recente eleição do presidente judeu, Volodymyr Zelensky.
Não existe um órgão oficial dentro do governo ucraniano que registre ataques racistas, e grupos judeus ucranianos frequentemente discordam sobre a taxa real de antissemitismo no país.
O Ministério de Assuntos da Diáspora de Israel informou que a Ucrânia teve mais de 130 ataques antissemitas em 2017. Alguns grupos judeus, incluindo a Associação Vaad de Organizações e Comunidades Judaicas, contestaram o relatório israelense. Enquanto isso, outros, como o Comitê Judaico Ucraniano, concordaram com a avaliação de Israel.
O novo relatório vem em meio a um cenário de crescente antissemitismo na Europa.
Uma pesquisa recente da Liga Anti-Difamação (ADL) revela que cerca de 1 em cada 4 europeus tem atitudes antissemitas em relação aos judeus.
Os pesquisadores descobriram que o Leste Europeu está se tornando cada vez mais hostil aos judeus.
A pesquisa constatou que 46% dos ucranianos têm opiniões antissemitas.
“É profundamente preocupante que aproximadamente 1 em cada 4 europeus abrigue os tipos de crenças antissemitas que persistem desde antes do Holocausto. Essas descobertas servem como um poderoso alerta de que ainda há muito trabalho a ser feito para educar amplas áreas da população em muitos desses países a rejeitar intolerância, além de atender às urgentes necessidades de segurança em que ataques violentos estão surgindo”, disse Jonathan A. Greenblatt, CEO da ADL.