Neste sábado (11), o G1 noticiou que em acordo de delação premiada na Paraíba, um lobista atuante na área de saúde diz ter pago R$ 115 mil em “caixa dois” para a campanha de Wilson Witzel, atual governador do Rio de Janeiro pelo PSC, em 2018.
O delator Daniel Gomes disse ao Ministério Público da Paraíba ter entregue o dinheiro a um suposto representante da campanha de Witzel.
O governador nega as acusações.
O acordo de delação premiada de Daniel, que foi homologado pelo Superior Tribunal de Justiça, faz parte da Operação Calvário, que resultou na prisão do ex-governador paraibano Ricardo Coutinho, do PSB.
Daniel Gomes relatou à Polícia Federal (PF) que foi procurado por Robson dos Santos, na época assessor de Arolde de Oliveira, então deputado federal e senador eleito pelo PSD, e que pagou o valor de R$ 115 mil.
De acordo com a narrativa do lobista, Robson passou então a enviar notícias, pesquisas eleitorais e informações que apontavam Witzel como favorito.
A intenção era, segundo ele, convencer o empresário a fazer os pagamentos e garantir “um futuro promissor na nova gestão do Estado do Rio com o apoio do senador eleito Arolde de Oliveira”, informa o portal G1.
Em contrapartida, segundo o G1, o governador do Rio disse que Robson não trabalhou na campanha dele, e que todas as informações foram prestadas à justiça eleitoral e as contas aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O senador Arolde disse que Robson não trabalhava com ele na época dos fatos citados, mas confirma que ele estava lotado em seu escritório, mas que foi desligado em dezembro do ano passado.