A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (9) a Operação Fora do Caixa, desdobramento da Operação Lava Jato, com o objetivo de cumprir 6 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão temporária nas cidades de Belém-PA, Palmas-TO e Brasília-DF. O ex-senador Luiz Otávio Campos é um dos presos na operação. Ele é acusado de ter intermediado pagamentos da empresa à campanha do atual governador do Pará, Helder Barbalho, em 2004.
Luiz Otávio Campos, conhecido como “peteca”, é acusado de ser o operador financeiro do MDB no Pará. Mais especificamente do senador Jader Barbalho e seu filho, o atual governador Helder Barbalho, ambos do MDB.
Os mandados estão divididos da seguinte forma: 3 buscas e apreensões e 1 prisão temporária no Pará; 1 prisão temporária e 1 busca e apreensão em Tocantins; e 2 buscas e apreensões no Distrito Federal.
A investigação teve início a partir da colaboração premiada feita por executivos da empresa ODEBRECHT, os quais relataram o pagamento de R$ 1,5 milhão, por meio de Caixa 2, para candidato ao Governo do Estado do Pará, Helder Barbalho, nas eleições de 2014.
Segundo o depoimento dos executivos foram realizadas três entregas, nos valores de R$ 500 mil reais cada, nos meses de setembro e outubro de 2014, sendo que o recebimento foi intermediado pelo ex-Senador da República, Luiz Otávio Campos, vinculado ao então candidato ao governo Estado do Pará.
Durante o trabalho investigativo, foram encontrados indícios de que pelo menos um dos pagamentos foi realizado em endereço ligado a parentes do ex-Senador da República citado pelos executivos.
Os crimes sob investigação são de falsidade ideológica eleitoral (Caixa 2), formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
A investigação iniciou perante o Supremo Tribunal Federal, entretanto houve declínio de competência para Justiça Eleitoral em Belém-PA, a partir da confirmação do entendimento sobre a competência da Justiça Eleitoral para processar e julgar crimes comuns em conexão com crimes eleitorais. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Eleitoral em Belém-PA.
O nome da operação faz referência ao recebimento de recursos eleitorais não contabilizados.
Com informações, Polícia Federal do Pará.