O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi indiciado por corrupção em mais um inquérito da operação Lava Jato concluído pela Polícia Federal.
Além de indiciá-lo por corrupção e lavagem de dinheiro por doações da Odebrecht de R$ 4 milhões a seu instituto, a Polícia Federal também listou repasses feitos por outras construtoras investigadas na Lava Jato, que totalizam R$ 9,1 milhões.
A Andrade Gutierrez pagou R$ 2 milhões; a Galvão Engenharia, R$ 1,1 milhão; a UTC, R$ 357 mil; a OAS, R$ 1 milhão; e a Camargo Corrêa, R$ 1,5 milhão.
Ainda segundo a PF, os valores repassados ao Instituto Lula eram propinas disfarçadas de doações.
O dinheiro para Instituto foi entregue no período entre dezembro de 2013 e março de 2014, quando Lula já havia deixado a Presidência da República.
“As evidências mostraram que os recursos transferidos pela Odebrecht sob a rubrica de ‘doações’ foram abatidos de uma espécie de conta-corrente informal de propinas mantida junto à construtora, da mesma forma ocorrida com aqueles destinados à aquisição do imóvel para o Instituto Lula. Surgem, então, robustos indícios da origem ilícita dos recursos e, via de consequência, da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, considerando o pagamento de vantagem indevida a agente público em razão do cargo por ele anteriormente ocupado”, diz o relatório de indiciamento.