primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em campanha nas eleições primárias de seu partido, foi retirado ontem (25) à noite de um comício em Ashkelon, no sul de Israel, após relatos de iminentes disparos de mísseis na Faixa de Gaza.
Segundo um vídeo transmitido pelo canal de televisão público Kan 11, um agente de segurança aproximou-se de Netanyahu e informou-o de um ‘alerta vermelho’, com a consequente retirada do evento.
Antes de deixar o comício com a sua mulher, Sara, o primeiro-ministro saudou a plateia, composta por 100 eleitores membros do partido Likoud.
“Um projétil foi disparado da Faixa de Gaza para o território israelense, sendo interceptado pelo sistema de defesa da Cúpula de Ferro”, anunciou o Exército num curto comunicado, acrescentando que as sirenes soaram na cidade de Ashkelon, onde era realizado o comício.
Em setembro passado, o líder do Likoud, então na campanha para as eleições legislativas, já havia sido retirado de um comício na cidade de Ashdod, no sul do país, quando as sirenes denunciaram o lançamento de mísseis.
Eleição
Na próxima quinta-feira, os membros do Likoud vão votar para eleger o seu novo líder, como parte de um desafio do principal rival do atual primeiro-ministro, Gideon Saar, que trabalha para ocupar o posto.
Em 2 de março de 2020, Israel irá efetuar a sua terceira eleição em menos de um ano para tentar resolver a pior crise política da sua história, com líderes do partido Likoud e do seu rival Bleu-Blanc.
Incapazes de concordar com a formação de um governo de coligação, os opositores dispararam em 19 e 20 de dezembro dois mísseis de Gaza em direção a Israel, sem provocar vítimas, informou o Exército.
Em resposta, a força aérea israelense bombardeou duas vezes as instalações do Hamas, partido que domina o enclave palestino.
Israel considera o movimento islâmico Hamas responsável por todos os mísseis disparados para o seu território, embora o estado hebreu também tenha como alvo outros movimentos armados palestinos.
Desde 2008, Israel travou três guerras contra o Hamas e grupos armados aliados em Gaza, onde dois milhões de palestinos vivem em conflito, pobreza e um bloqueio de Israel imposto há mais de dez anos.