Cristãos no Paquistão estão se manifestando contra o sequestro e a conversão forçada de meninas de comunidades minoritárias do país. Eles pedem ao governo paquistanês que tome medidas não apenas para recuperar as vítimas desse abuso, mas que também tome medidas para punir os autores dos crimes, informou a organização International Christian Concern.
De acordo com Peter Jacob, diretor executivo do Centro de Justiça Social (CSJ), nos últimos sete anos, pelo menos 160 meninas da comunidade cristã e hindu do Paquistão foram levadas à força de sua casa, forçadas a se converter ao Islã, e depois, a “se casar” com homens mais velhos. Jacob destacou especificamente o caso de Huma Younas, uma menina cristã de 14 anos que foi sequestrada no final de novembro em Karachi e convertida contra sua vontade.
Em novembro, uma comissão parlamentar de proteção contra conversões forçadas foi criada pelos presidentes do Senado e da Assembleia Nacional do Paquistão. Muitos esperam que esta comissão tome as medidas necessárias para enfrentar a questão do sequestro e conversão forçada no Paquistão.
“O CSJ registrou 16 casos de mulheres que solicitaram o apoio do Tribunal Superior de Sindh. A análise desses casos revela um amplo espectro de brechas legais, irregularidades processuais e fatores socioculturais que deixam os criminosos impunes. Tudo isso deve ser levado em consideração no trabalho da comissão parlamentar” explicou Jacob.
Segundo a organização Portas Abertas, o Paquistão é o 5º colocado na Lista Mundial da Perseguição aos Cristãos de 2019.
Há inúmeros cristãos perseguidos no país, que vivem sob a opressão islâmica.
Grupos radicais islâmicos administram milhares de escolas corânicas, nas quais ninguém sabe o que é ensinado nem como eles são financiados. Esses grupos incitam os cidadãos, encorajando-os a agir contra as minorias religiosas, como os cristãos.