Uma dupla escocesa, conhecida como a primeira “família” de transexuais da Grã-Bretanha, provocou polêmica depois de anunciar que seu filho de 5 anos também começaria uma mudança de sexo.
Segundo o jornal Daily Record, Greg Rogers, de 27 anos, nascido mulher e transexual desde os 16 anos, e Jody, de 21 anos, disseram que o filho Jayden começou a fazer a mudança sexual para ser transformar em uma menina.
Depois do anúncio, as duas foram denunciadas aos serviços sociais por membros anônimos da comunidade de Shotts, Lanarkshire.
Segundo pessoas da comunidade escocesa, as duas estariam usando Jayden para chamar a atenção e também acreditam que o menino só optou por ser menina porque foi influenciado pela mudança de sexo de Rogers.
Segundo a mãe Jody, Jayden, que nasceu com audição parcial e ainda se recuperar da cirurgia em fevereiro passado, diz que odeia ser menino e que ele é realmente uma menina e quer usar roupas de menina. Por isso, as transexuais decidiram comprar roupas femininas para o menino.
A comunidade escocesa considera uma crueldade as transexuais deixarem o menino usar roupas de menina.
A dupla disse que os assistentes sociais estão cientes. Segundo Jody, Jayden é bem cuidado e não tem preocupações.
Ética e segurança médica
Em abril, o The Times informou que cinco médicos e ex-funcionários denunciaram a clínica para transexuais Tavistock Center na Grã-Bretanha – financiada por fundos públicos – e se demitiram devido a temores de ética e segurança, por causa da maneira como as crianças eram tratadas.
Eles pediram o fim de procedimentos experimentais com crianças e disseram que pais tiveram seus filhos, alguns com apenas três anos de idade, sendo submetidos a tratamento desnecessário de “reatribuição” de sexo.
Nos últimos três anos, pelo menos 18 funcionários da clínica abandonaram suas controversas práticas de redesignação de sexo.
Os médicos acreditam que algumas crianças foram diagnosticadas erroneamente como “transexuais”, simplesmente porque experimentaram atrações sexuais entre pessoas do mesmo sexo.
Estes diagnósticos errôneos têm levando crianças a passarem por intervenções médicas que mudam suas vidas definitivamente, mesmo sem evidências suficientes de seus efeitos a longo prazo, alertaram estes especialistas.
No ano passado, mais de 2.500 jovens foram encaminhados à clínica GIDS (Serviço de Desenvolvimento de Identidade de Sexo), no Centro Tavistock.
Todos esses médicos foram responsáveis por determinar quais crianças deveriam ou não ter bloqueadores de hormônio retardadores da puberdade.
Na maioria dos casos, as crianças que recebem bloqueadores da puberdade, começam a tomar esses hormônios quando têm 16 anos.
Os efeitos desses hormônios são irreversíveis.
Os especialistas informaram o The Times, que eles alegavam que as crianças eram aprovadas para as terapias, mesmo antes que a clínica estabelecesse as causas de sua “confusão sexual”.
Ativismo
Também foi relatado pelo jornal, que esses cinco médicos também disseram acreditar, que as instituições de caridade dirigidas por ativistas, como Susie Green, causam danos ao promover a transição como uma solução para os adolescentes confusos.
O jornal The Times também entrevistou Carl Heneghan, do Centro de Medicina Baseada em Evidências da Universidade de Oxford. Ele também criticou as terapias transgêneras experimentais.
“Dada a escassez de evidências, o uso de hormônios bloqueadores no tratamento da disforia de sexo significa, em grande parte, um experimento não regulamentado em crianças. A confusão em que nos metemos, com o tratamento da disforia de sexo em crianças e adolescentes, destaca tudo o que é preocupante com o uso atual e a avaliação de medicamentos poderosos nessa faixa etária”, disse Carl.
A influência e o lobby dos ativistas transexuais sobre as famílias e os médicos no Reino Unido é preocupante.
Os ex-funcionários de Tavistock os acusaram de explorar e intimidar as famílias e os médicos.
“Os ativistas oprimem a sociedade dizendo que a terapia é uma questão de vida ou morte. Utilizam-se de frases como – Você preferiria ter um menino vivo ou uma menina morta? – Essa narrativa de ativistas ingleses está em toda parte”, disse um dos médicos e ex-funcionário da GIDS ao The Times.
É preciso haver um inquérito público sobre como esses grupos ativistas transexuais conseguiram ter tanta influência. Quem está fornecendo o suporte financeiro e promovendo este ativismo e para quais objetivos?
Índices
O número de crianças e adolescentes britânicos que buscam ajuda com questões de identidade de sexo do GIDS disparou em menos de uma década.
Segundo o Times, houve 94 encaminhamentos em 2010. O NHS informou que em 2017/2018 havia 2.519.
E isso representa um aumento de 25% em relação a 2016/2017, quando havia 2.016.
As adolescentes, em particular, correm o risco de serem encaminhadas aos GIDS.
O NHS informou que no ano de 2017/2018, mais da metade (1.806) era para mulheres biológicas (XX) e homens biológicos (XY) foram 713.
O NHS observou que há uma tendência contínua de um aumento no encaminhamento de crianças e adolescentes com disforia sexual à clínica.
Consequências
O The Times expôs o que muitos especialistas, pediatras e psicólogos vêm alertando há muito tempo: as crianças estão sendo aceleradas para uma vida inteira de intervenção médica, baixa autoestima, depressão e infelicidade.
A matéria do jornal abriu uma janela sobre a necessidade de proteger crianças vulneráveis, de adultos que estão dispostos a lhes dar bloqueadores da puberdade e hormônios sexuais.
Para cada criança e adolescente que passa por essa violência psicológica, é anunciada uma nova tragédia individual.
É preciso evitar que crianças e adolescentes passem por uma “transição de sexo” tornando-as estéreis e roubando-as de uma vida sexual saudável no futuro.