Um ano após manifestar apoio ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), o Movimento Brasil Livre (MBL) rompeu nesta segunda-feira (22) com o tucano e declarou guerra aos projetos do Executivo na Câmara Municipal.
A alavanca para a separação foi a regulamentação das novas normas para motoristas de aplicativos de transporte como Uber. O anúncio de ruptura foi feito no Twitter pelo líder do MBL e vereador Fernando Holiday (DEM).
“Os rompimentos acontecem baseados em ideais e não em cargos ou interesses escusos”, afirmou Fernando Holiday.
As regras para motoristas de aplicativos de transporte, em vigor desde 10 de janeiro, determinam restrição de placa da cidade de São Paulo, de tempo máximo de fabricação dos veículos e adesivo colado no carro para identificar a empresa. Para Holiday, as novas normas excluem motoristas e vão causar desemprego, podendo deixar 50 mil famílias sem sustento.
“Tomei um posicionamento inicialmente pessoal de posição contrária à resolução. Mas a partir do momento em que a gestão Doria não abriu espaço para flexibilizar em absolutamente nada, conversei com o movimento e em conjunto decidimos adotar um discurso mais duro”, disse Holiday. “Seremos muito críticos quando o governo falhar.”
No universo de publicações com a palavra “Doria” no Facebook ao longo de 2017, o MBL foi o maior responsável por comentários, curtidas e compartilhamentos: 8 milhões de interações – quase o dobro das provocadas pela página oficial do próprio João Doria.