Em votação no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso teceu fortões críticas de forma indireta a toda e qualquer perseguição aos procuradores da Lava Jato.
A declaração veio à tona após o CNMP ter advertido Deltan Dallagnol por ter criticado o STF.
Ele disse:
“Muita gente gostaria de transformar a reação indignada da sociedade brasileira no enfrentamento à corrupção. Muita gente tenta transformar esse processo histórico decisivo para perseguir gente proba e honesta.”
Neste contexto, Barroso também se mostrou favorável ao que chamou de ‘punição rigorosa’.
“Sou contra vazamentos, sou contra manobras informais ardilosas, sou contra a perseguição de qualquer tipo, a qualquer pessoa, por qualquer motivo que seja e, portanto, sou a favor da punição rigorosa de quem quebra o sigilo fiscal e bancário fora das hipóteses permitidas, e também recomendo que as pessoas diminuam a sua euforia com provas obtidas criminosamente.”
E acrescentou:
“O país vem fazendo um esforço enorme para empurrar para a margem da história essa velha ordem em que era legítima a apropriação do estado e o desvio do dinheiro público. Somos uma sociedade que deixou de aceitar (a corrupção), há uma enorme demanda por integridade e as instituições precisam corresponder à demanda da sociedade.”