Um evangelista cristão foi assassinado no sudeste da Turquia. O trabalhador de um ministério coreano, Jinwook Kim, foi morto a facadas na cidade de Diyarbakir, em 19 de novembro.
De acordo com a International Christian Concern (ICC), a Diretoria de Segurança Pública do Departamento de Assassinatos da Turquia prendeu um jovem de 16 anos por suspeita de assassinato.
O evangelista de 41 anos chegou à Turquia no início deste ano e estava pastoreando uma pequena congregação de cristãos. Segundo relatos, ele foi esfaqueado três vezes – duas vezes no coração e outra nas costas, sucumbindo aos ferimentos em um hospital local. Kim era casado e deixou um filho.
Apesar das autoridades insistirem que o ataque foi um “assalto”, os fiéis locais pediram à polícia que investigasse o crime como assassinato.
Nos últimos anos, a Turquia tem prendido e maltratado inúmeros pastores e líderes cristãos. No entando, Kim é o primeiro líder cristão a ser assassinado desde 2007, quando três cristãos foram mortos na Editora Zirve, em Malatya.
“Este é o primeiro martírio desde Malatya. O governo turco iniciou uma deportação maciça de líderes cristãos que serviram na Turquia por muitos anos. Mas deportação não é suficiente para evangelistas. Esse tipo de ataque os assustaria. Eu acho que este é o último nível de um plano, como na China”, disse um líder da igreja local à ICC.
Outro evangelista turco, que estava recebendo ameaças de morte apenas um dia após o assassinato, insistiu que o ataque era motivado por perseguição religiosa.
“Não foi apenas um assalto; eles vieram para matá-lo. Sempre recebemos ameaças. Um irmão profetizou há alguns dias que eles (o governo) vão expulsar esses estrangeiros e provavelmente matar alguns irmãos turcos. Eles vão causar o caos. Eles sabem que estou tentando espalhar o evangelho. É um recado para que também possam me atingir. Isso pode ser um sinal”, disse o evangelista turco.
Claire Evans, gerente regional da ICC para o Oriente Médio, disse que após o assassinato, “a tristeza na comunidade cristã da Turquia é fortemente sentida, juntamente com grande choque e medo”.
“O martírio não é normal na Turquia, e esse ataque mostra tristemente o quanto o país mudou. Apenas neste ano, vimos um aumento significativo de ataques comprovando como o ambiente se tornou mais hostil ao cristianismo”, concluiu Claire Evans.