Segundo o ranking anual da Global Firepower, o Brasil ocupa em 2019 a 13° colocação dos países por ordem de poderio militar. EUA, Rússia e China lideram o índice. Entre os países latino-americanos, o Brasil lidera e nas Américas, perde apenas para os Estados Unidos, superando todos os demais países.
O ranking da Global Firepower, uma organização que desde 2006 publica anualmente uma lista atualizada sobre o poderio bélico de 137 países do mundo, é referência para mídias do mundo inteiro. Durante a classificação foi utilizada uma fórmula única que permite a países com baixo nível tecnológico competir com outros mais avançados.
Ao comparar os países, é analisado o poder de fogo de cada país com base em vários fatores, sendo os principais: o número de contingente militar (soldados ativos e reservistas); recursos financeiros disponíveis; recursos naturais disponíveis; quantidade de equipamentos de guerra (armas); condições de uso dos equipamentos de guerra; condições de operacionalização dos equipamentos de guerra (treinamento militar). No entanto, o índice não considera o poderio nuclear e a atual liderança política e militar dos países.
Portanto, mesmo um país sendo bem armado, ele precisará também ser dotado de recursos financeiros para sustentar uma guerra e ter recursos naturais (minerais e agrícolas) para produzir e manter a sua necessidade de abastecimento bélico, consumo alimentício e produção de combustíveis.
Além da importância de possuir boas armas e de alta tecnologia, os soldados devem estar bem treinados para operá-las. Por isso, o poder de fogo de um país depende de uma gama de elementos, para definir seu nível de potência mundial.
EUA
Os EUA possuem o maior orçamento destinado à defesa do mundo. Esta é uma das razões que colocam o país no 1º lugar do ranking.
O país tem 1.281.900 soldados ativos, 860.000 em reserva e 119.664.970 da população apta para serviço. Seu orçamento militar anual é de $716.000.000.000 (R$2.863.642.000.000).
Brasil
Segundo a Global Firepower, o Brasil como 13° na colocação, ficou atrás apenas dos Estados Unidos, Rússia, China, Índia, França, Japão, Coreia do Sul, Reino Unido, Turquia, Alemanha, Itália e Egito.
Em 2019, o Brasil possui 334.500 soldados ativos, 1.340.000 em reserva e 84.595.522 em população apta para serviço. O orçamento militar anual do país é de $29.300.000.000 (R$117.185.000.000).
Entre os diferenciais do Brasil se destaca o seu poder industrial, por ser capaz de produzir armas, como o sistema antiaéreo “Astros” e o míssil MANSUP – que tem potencial de cruzeiro, podendo carregar ogivas e viajar milhares de quilômetros guiado remotamente – aviões como o cargueiro KC390, tanques, navios e submarinos ultramodernos.
Outros diferenciais são as diversidades de recursos naturais que o país possui, entre os principais estão o petróleo, o nióbio, o urânio e o grafeno. No entanto, as tecnologias necessárias para explorar a maioria deles ainda são ausentes no país. A grande extensão oceânica e terrestre também agracia o Brasil com uma autonomia com relação à sua subsistência.
Além desses diferenciais, cenários geográficos exclusivos terrestres (como a Caatinga e a Floresta Amazônica) e marítimos favorecem na qualidade do treinamento das tropas militares brasileiras.
O Brasil possui uma das tropas militares mais bem treinadas do mundo em terra, mar e ar. Em terra, as operações especiais do Exército Brasileiro possuem um treinamento altamente qualificado.
A Força Especial da Marinha Brasileira, conhecida como “GRUMEC”, é considerada uma das mais letais do mundo, e é equiparada à força especial americana Navy Seals.
Potencial
Mesmo com todas essas vantagens, o Brasil ainda está atrasado no desenvolvimento de tecnologia de equipamentos militares, herança dos anos de desgoverno socialista no país. Entretanto, com as mudanças gestacionais que têm como visão a soberania, o patriotismo e o desenvolvimento da nação, há uma grande esperança desse setor desenvolver condições melhores e se modernizar nos próximos anos.
Com o governo de Jair Bolsonaro, o setor militar certamente ocupará um papel mais ativo no Brasil. E com o avanço da economia e as escolhas certas nas parcerias internacionais, o país tem um grande potencial em se tornar um protagonista no cenário internacional.