O Facebook disse que não permitirá que políticos criem novas contas na plataforma se eles tiverem sido banidos anteriormente, de acordo com um comunicado obtido pela Breitbart News na empresa de mídia social.
O Breitbart News entrou em contato com o Facebook, depois de saber que a plataforma estava bloqueando a tentativa de uma candidata conservadora americana ao congresso de criar uma página oficial da campanha.
A candidata do Partido Republicano, Laura Loomer, está concorrendo nas primárias da Câmara dos Deputados no 21º distrito da Flórida. Ela já tinha suas contas pessoais no Facebook e no Instagram – de propriedade do Facebook – banidas pela política de “indivíduo perigoso” da empresa. Loomer diz que o rótulo é difamatório e o está contestando no tribunal.
A equipe de campanha de Loomer tentou criar uma página de campanha na terça-feira (12), fornecendo ao Facebook os dados necessários da Comissão Federal de Eleições (FEC) para verificar se ela é uma candidata republicana declarada. Poucas horas depois de a conta ter sido criada pela equipe da campanha de Loomer, ela estava na lista negra da empresa de Mark Zuckerberg.
Em resposta a um pedido de comentário do Breitbart News, um porta-voz do Facebook confirmou que o Loomer não teria permissão para configurar uma página de campanha.
“As pessoas que foram banidas de nossos serviços não podem criar uma nova conta, mesmo que estejam concorrendo a um cargo”, disse o porta-voz.
Em um discurso no mês passado, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, prometeu que sua empresa não censuraria os políticos.
“Acreditamos que as pessoas devem poder ouvir o que os políticos têm a dizer. Não acho certo que empresas de tecnologia censurem políticos em uma democracia”, disse Zuckerberg.
Zuckerberg também disse que não proibirá campanhas de candidatos políticos em sua plataforma. No entanto, para um campanha na rede social é necessário que uma conta seja criada no Facebook.
Karen Giorno, consultora sênior da campanha da candidata conservadora Laura Loomer, disse que a proibição da página da campanha pelo Facebook constitui “flagrante interferência eleitoral”.
“As ações do Facebook são extremamente perturbadoras e exigem correção imediata”, disse Giorno.
Segundo Giorno, ao permitir que alguns candidatos políticos alcancem os eleitores por meio de sua plataforma e outros não, o Facebook pode violar os regulamentos da Comissão Federal de Eleições dos EUA sobre “contribuições em espécie”.
Em 2018, foi revelado que o deputado conservador, Matt Gaetz (Republicano do estado da Flórida), e outros políticos republicanos estavam sendo secretamente censurados pelo Twitter. Gaetz registrou uma queixa na Comissão Federal de Eleições (FEC), alegando que o tratamento desigual constituía uma contribuição não declarada a seus oponentes políticos.