A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (1º) a Operação Mácula.
O objetivo da força-tarefa é apurar a origem e autoria do vazamento de óleo que atingiu mais de 250 praias nordestinas brasileiras.
As investigações começaram em meados de setembro e ocorreram em ação integrada com a Marinha do Brasil, MPF (Ministério Público Federal), Ibama, Universidade Federal da Bahia, Universidade de Brasília e Universidade Estadual do Ceará.
Houve também o apoio espontâneo de empresa privada no ramo de geointeligência.
A PF cumpre mandados de busca e apreensão em dois alvos ligados a uma empresa grega dona de um navio suspeito de ser a origem do derramamento de óleo.
Expedidos pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte, os mandados foram pedidos pelo MPF.
De acordo com o órgão, o inquérito policial teve acesso a imagens de satélite que partiram das praias atingidas até o ponto de origem das manchas, de forma retrospectiva.
Além disso, o sistema de rastreamento da embarcação confirma a passagem pelo ponto de origem do óleo, após ter atracado na Venezuela – país desenvolvedor do petróleo derramado – ao seguir viagem para a África do Sul e Nigéria.
O navio suspeito, segundo a Marinha, ficou detido nos Estados Unidos por quatro dias devido a “incorreções de procedimentos operacionais no sistema de separação de água e óleo para descarga no mar”.
Segundo os procuradores da República Cibele Benevides e Victor Mariz, “há fortes indícios de que a [empresa], o comandante e tripulação do Navio deixaram de comunicar às autoridades o vazamento/lançamento de petróleo cru no Oceano Atlântico”.