A Rede Globo utilizou o espaço do ‘Jornal Hoje’ para criticar as declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro.
A nota foi lida pela apresentadora Maju Coutinho.
Reiterando o que vem dizendo em seus veículos de comunicação, a emissora assegurou ser um grupo ‘sério’ e que ‘há 54 […] jamais deixou de cumprir as suas obrigações’.
Leia a nota na íntegra:
“A Globo não fez patifaria e nem canalhice, fez, como sempre, jornalismo com seriedade e responsabilidade. Revelou a existência de depoimento do porteiro e as afirmações que ele fez, mas ressaltou com ênfase e por apuração própria que as informações do porteiro se chocavam com um fato: a presença do então deputado Jair Bolsonaro em Brasília naquele dia, com dois registros na lista de presença em votações. O depoimento do porteiro, com ou sem contradição, é importante porque diz respeito a um fato que ocorreu com um dos principais acusados no dia do crime. Além disso, a mera citação do nome do presidente leva o Supremo Tribunal Federal a analisar a situação. A Globo lamenta que o presidente não revele conhecer a missão do jornalismo de qualidade e use termos injustos para insultar aqueles que não fazem outra coisa senão informar com precisão o público brasileiro. Sobre a afirmação que em 2022 não perseguirá a Globo, mas só renovará sua concessão se o processo for ‘enxuto’, a Globo afirma que não poderia esperar dele outra atitude. Há 54 anos a emissora jamais deixou de cumprir as suas obrigações.”
E acrescentou:
“A Globo reitera que teve acesso ao livro da portaria e, como deixa clara a reportagem, informou-se com múltiplas fontes sobre o conteúdo do depoimento do porteiro. Não mentiu. Dada a relevância dos fatos, a Globo cumpriu a sua obrigação de informar o público revelando o que disse o porteiro e todas as suas contradições, que ela própria apurou. A Globo não tem nenhum objetivo de destruir quem quer que seja, mas é independente para informar com serenidade todos os fatos. Mesmo aqueles que possam irritar as autoridades e pode agir assim, justamente, porque nunca dependeu de verbas de governos, embora a propaganda oficial seja legítima e legal.”