Uma pesquisa feita pela Ideia Big Data aponta o descrédito da população brasileira com o Congresso Nacional, a falta de interesse com o Legislativo e a expectativa com as eleições de novembro. O levantamento indica que 72% dos entrevistados escolheram temas relacionados à honestidade como prioridade na hora de votar em algum candidato:
- 38% indicaram que o mais importante para seu voto é a honestidade do candidato ou o fato de ele não ser corrupto;
- 13% apontaram a transparência;
- 11% optaram por “estar fora das acusação da Operação Lava-Jato”;
- 10% disseram que o seu candidato tem de ser novo ou de fora da política.
Na sequência das respostas, aparecem como prioridade:
- Experiência e grandes propostas (cada tema teve 5% das citações);
- Ser da localidade do entrevistado (4%);
- Entender os problemas do eleitor e representar os pobres (3% das citações cada um dos temas);
- Trabalhar duro e ser inteligente (2% para cada um);
- Outras respostas somam 4% do total.
“Trabalho há quinze anos com pesquisas de opinião e nunca vi uma liderança tão forte de temas relacionados à honestidade na cabeça dos eleitores”, afirmou o presidente da Ideia Big Data, Maurício Moura.
O levantamento foi feito com 5.003 pessoas em 37 cidades brasileiras entre os dias 9 e 13 de janeiro.
O DESENCANTO COM O CONGRESSO
A pesquisa também confirma o desencanto dos brasileiros com o Congresso Nacional, através das respostas à afirmação: “O Congresso Nacional está trabalhando pelos brasileiros acima de outros interesses.”
- 73% disseram não concordar com a expressão;
- 22% disseram não saber;
- 5% disseram que concordaram com a afirmação.
84% dos entrevistados não concordaram com a frase “o Congresso representa o povo brasileiro”. Em contrapartida, 79% dos entrevistados disseram não se lembrar em quem votou na eleição de 2014. Dos 21% que lembram, 85% admitiram que não fiscalizam seu trabalho, contra apenas 15% que fiscalizam seus legisladores.
Por fim, o levantamento aponta que 39% dos entrevistados espera que a futura formação do Congresso após a eleição em outubro será igual à atual, 35% melhor e 26%, pior.