Em visita ao Brasil nos dias 7 e 8 de outubro, o Ministro de Relações Exteriores e Comércio da Hungria, Péter Szijjártó, disse que o excepcional entendimento político entre a Hungria e o Brasil deve ser usado para alcançar benefícios econômicos mútuos.
Em Brasília, Szijártó se encontrou com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, com quem co-presidiu a 5ª Comissão Econômica Mista Brasil-Hungria. O ministro Szijjártó também foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Brasil-Hungria
O ministro húngaro afirmou em uma coletiva de imprensa que a Hungria quer desenvolver vínculos ainda mais fortes com o Brasil, já que os líderes dos dois países compartilham abordagens muito semelhantes na política global.
Durante a entrevista coletiva junto ao colega brasileiro, o Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, Péter Szijjártó disse que o “excepcional entendimento político entre os dois países deve ser usado para obter benefícios econômicos mútuos”.
Szijjártó afirmou que Hungria e o Brasil se comprometeram a trabalhar para a ratificação do acordo UE-Mercosul.
Valores e prioridades semelhantes
Segundo o MTI, o ministro Szijjártó disse que o Brasil e a Hungria atribuem grande importância à questão da segurança, ao fim da migração ilegal, ao respeito à soberania e à proteção das comunidades cristãs em todo o mundo.
O ministro húngaro acrescentou que o governo da Hungria aprovou uma resolução e uma proposta estratégica em março, para colocar suas relações com o Brasil em novos fundamentos, acrescentando que as condições para atingir esse objetivo já estavam em vigor. O ministro afirmou que o Brasil é o segundo maior parceiro comercial da Hungria na América do Sul.
Acordos
Novos acordos para pesquisa agrícola, acreditação de produtos e cooperação em gestão da água devem contribuir ainda mais para o desenvolvimento da cooperação econômica entre os países.
Cooperação política
Comentando a cooperação política dentro das Nações Unidas, o ministro Szijjártó disse que os dois países rejeitaram o pacto de migração global da ONU, considerando-o como “um documento muito perigoso”. A Hungria e o Brasil concordam que é direito soberano de todos os países decidir quem eles permitem entrar em seu território.
Hungria
A economia da Hungria é uma das mais dinâmicas da Europa, tendo crescido mais que a média da União Europeia. No primeiro semestre deste ano, seu crescimento atingiu cerca de 5%.
Segundo o Itamaraty, a Hungria se torna um ator econômico cada vez mais importante para o Brasil.