Antes das discussões entre a União Europeia e o Reino Unido, Boris Johnson advertiu o presidente francês, Emmanuel Macron, que não haverá mais atraso para o Brexit. Está programado para 31 de outubro.
Na quarta-feira passada (2), Boris Johnson entregou sua tão esperada alternativa ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. E na noite de sexta-feira (4), depois de todos os países da UE terem analisado a proposta detalhadamente, um porta-voz da Comissão disse que os textos “não formam a base de um acordo”. Então, novas conversas entre Bruxelas e Londres foram levantadas no fim de semana passado.
Enquanto isso, em uma conversa por telefone com o presidente francês Macron, Boris Johnson alegou que a União Europeia não deveria assumir que o Reino Unido permanecerá na EU, mesmo após 31 de outubro. Johnson também enfatizou que não solicitará uma nova extensão do Brexit.
Lei de Benn
No entanto, uma lei recente, a chamada Lei de Benn (Benn Act), obriga o primeiro-ministro britânico a pedir um adiamento para a UE, um dia após a Cúpula Europeia de 17 e 18 de outubro, altura em que talvez um novo acordo de “divórcio” ainda não esteja sobre a mesa de negociações.
Por enquanto, o governo britânico não parece aceitar a Lei de Benn. Nestes últimos dias, Johnson deu a impressão de não querer fazer isso.
“Ato de rendição”
O Reino Unido apresentou sua proposta. Agora, é a vez da Comissão Europeia mostrar que também está pronta para um acordo. Caso contrário, o Reino Unido partirá sem este acordo.
Boris Johnson descreveu o Benn Act (Lei Benn) como um “ato de rendição”, que enfraqueceu a posição dos britânicos nas negociações sobre o Brexit.
“A lei de rendição e seus autores comprometem as negociações, mas se os líderes europeus acharem que isso impedirá um ‘não-acordo’, eles estão cometendo um erro histórico”, disse Boris Johnson.
Segundo Johnson, a UE e o Reino Unido estão agora em uma fase da “última chance” de chegar a um acordo.