Quatro policiais foram esfaqueados até a morte na sede da polícia em Paris, por um agressor que foi neutralizado a tiros por um oficial, segundo a imprensa francesa.
Os ataques ocorreram ao lado da Catedral de Notre Dame, no histórico quartel-general da polícia de Paris, nesta quinta-feira (3), por volta das 13 horas da tarde (horário local), no centro da cidade, informou o The Sun.
Os relatórios iniciais dizem que o assassino usou uma faca, matando vários policiais na sede da polícia e foi neutralizado a tiros por um oficial.
O assassino é um oficial administrativo do ramo de inteligência, relatou o Le Parisien.
“Ele estava envolvido em uma discussão com alguém e depois explodiu de raiva, tendo como alvo outros colegas da polícia, antes de ser neutralizado”, segundo uma fonte citada pelo The Sun.
Segundo fontes policiais, antes do ataque, o agressor estava “em conflito” com seus superiores. Os assassinatos não estão sendo tratados como um ataque terrorista pela polícia parisiense.
Christophe Crépin, porta-voz do sindicato Policial da França em Anger, comentou o ataque, dizendo: “Conheço esse homem. Ele trabalhou em TI e teve problemas de longa data com a sua superior. Ele a esfaqueou primeiro e depois os colegas intervieram e também foram esfaqueados. Disseram-me que ele então, pegou uma arma de fogo”.
Crépin acrescentou que o agressor, de 45 anos, natural do Caribe francês, trabalhava nos serviços policiais há 20 anos.
Polícia exausta
As facadas aconteceram apenas um dia depois que 30.000 policiais franceses participaram de uma “Marcha de Ira” em Paris, contra as más condições de trabalho, o aumento no número de suicídios na polícia e uma moral geral baixa.
Segundo os sindicatos policiais, quase 52 policiais cometeram suicídios, desde janeiro deste ano.
Depois de meses de protestos pelos “coletes amarelos” que abalaram as principais cidades da França, a polícia francesa está simplesmente exausta.
O presidente francês, Emmanuel Macron, reconheceu que os policiais “sofreram mais e mais pressão nos últimos anos”, devido a uma variedade de ameaças crescentes à segurança.
Com informações, Voice of Europe.