No sábado (14), o presidente Donald Trump deu um impulso ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, dias antes dele enfrentar as eleições ferozes que acontecem hoje (17), em Israel. Em um tweet, Trump expressou publicamente seu apoio, para avançar nas discussões sobre um Tratado de Defesa Mútua entre EUA e Israel.
Assim como o Presidente Bolsonaro, Netanyahu é um grande aliado de Trump no cenário mundial, e o presidente dos EUA expressou otimismo de que ele sobreviverá às eleições desta terça-feira (17).
Trump disse que um pacto formal de defesa “ancoraria ainda mais a tremenda aliança entre nossos dois países” e espera continuar as discussões após as eleições, quando se encontrarem na Assembleia Geral das Nações Unidas, no final deste mês.
Em um post no Twitter, Netanyahu agradeceu seu “querido amigo” Trump.
“O Estado judeu nunca teve um amigo maior na Casa Branca. Aguardo com expectativa a nossa reunião na ONU, para avançar um histórico Tratado de Defesa entre os Estados Unidos e Israel”, disse Netanyahu.
As eleições de hoje (17) em Israel, são a segunda de 2019, depois que Netanyahu não conseguiu formar uma coalizão governante, após as eleições em abril.
Netanyahu descreveu o Pacto de Defesa como “histórico” e “ótimo”, mas não ficou claro o que isso acrescentaria aos laços de defesa que já estão muito próximos. Os EUA dão a Israel mais de US $ 3 bilhões por ano em ajuda militar e consideram Israel um “grande aliado não pertencente à OTAN”.
Tratados de defesa mútua
A ideia de um tratado formal já foi discutida anteriormente.
Fora da OTAN e do Tratado do Rio com países da América Latina, os Estados Unidos têm tratados de defesa mútua separados com o Japão, Coréia do Sul, Filipinas, Austrália e Nova Zelândia.
O Tratado do Rio, também conhecido pela sigla TIAR (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca), é um tratado de defesa mútua celebrado em 1947, na cidade do Rio de Janeiro entre diversos países americanos. O princípio central do acordo é que um ataque contra um dos membros será considerado como um ataque contra todos, com base na chamada “doutrina da defesa hemisférica”.
Além do Brasil e dos EUA, também fazem parte do TIAR: Argentina, Bahamas, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Trinidad e Tobago, Venezuela (1947-2012 e 2019-presente) e Uruguai.