Um grande estudo desmascarou conclusivamente o mito do “gene gay”. O estudo mostra que não existe um único gene específico que torne alguém homossexual. Quase meio milhão de pessoas participaram da pesquisa, sobre a qual a renomada revista científica Science publicou nesta quinta-feira (29).
A pesquisa, liderada pelo pelo geneticista Benjamin Neale do Broad Institute em Cambridge, Massachusetts, nos EUA, foi realizada por uma equipe internacional que utilizou um estudo de saúde de longo prazo, de 500.000 pessoas britânicas, do projeto UK Biobank (UKB).
Este estudo de saúde foi realizado em 2017 e liderado pelo epidemiologista Rory Collins, da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Collins, que administram o grande projeto de pesquisa UK Biobank (UKB).
Marcadores genéticos
O estudo de Neale enfatiza que os marcadores genéticos não podem ser usados para prever o comportamento sexual.
A equipe de Neale examinou marcadores de DNA e dados de pesquisas de comportamento sexual, preenchidas por quase 409.000 participantes do Biobank do Reino Unido e cerca de 69.000 clientes do 23andMe, um serviço de testes ao consumidor; todos eram de ascendência europeia.
Marcadores relacionados à homossexualidade foram encontrados em cinco cromossomos. Um dos marcadores estava em parte do DNA que tem a ver com o olfato, que está ligado à atração sexual. Enquanto o outro, tem uma relação com a calvície masculina, que sugere um vínculo com os hormônios sexuais, como a testosterona.
Quando os pesquisadores combinaram todas as variantes que mediram em todo o genoma, chegaram à conclusão que o homossexualismo é melhor explicado por influências ambientais, que podem variar de exposição a hormônios no útero a influências sociais mais tarde na vida.
De acordo com a pesquisa, pessoas que tiveram parceiros do mesmo sexo são mais propensas a ter um ou mais de certos marcadores de DNA. No entanto, mesmo todos os marcadores juntos, não podem prever se uma pessoa é gay, bissexual ou heterossexual.