Nesta segunda-feira (26), o presidente francês Emmanuel Macron subiu o tom contra o mandatário brasileiro Jair Bolsonaro.
A troca de farpas entre os líderes mundiais começou ainda na semana passada, quando o europeu fez uma série de declarações sobre a Amazônia que, na prática, representam afrontas à soberania do Brasil.
Em entrevista ao lado do presidente do Chile, Sebastián Piñera, Macron afirmou que “é triste” ver ministros brasileiros insultarem líderes estrangeiros.
No último domingo (25), o ministro Abraham Weintraub (Educação) fez afirmou que Macron não está a altura do embate ideológico.
“A França é uma nação de extremos. Gerou homens como Descartes ou Pasteur, porém também os voluntários da Waffen SS Chalermagne. País de iluministas e de comunistas. O Macron não está a altura deste embate. É apenas um calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês”, escreveu Weintraub em seu Twitter.
Em referência a resposta de Bolsonaro a um seguidor que fazia piada com a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, o presidente francês afirmou:
“Penso que as mulheres brasileiras sentem vergonha ao ler isso, vindo de seu presidente, além das pessoas que esperam que ele represente bem seu país. Como tenho grande amizade e respeito pelo povo brasileiro, espero que tenham logo um presidente que se comporte à altura do cargo”, disse.
E completou:
“Bolsonaro me prometeu, com a mão no peito [no G20], fazer tudo pelo reflorestamento e respeitar os engajamentos do Acordo de Paris para podermos fechar o pacto comercial [entre União Europeia e Mercosul]. Devo dizer que ele não falou a verdade. Dias depois, o presidente demitiu cientistas de seu governo”, afirmou Macron, em referência à demissão do presidente do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).