O ex-comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Bôas se manifestou na noite sobre as recentes declarações do presidente francês Emmanuel Macron.
Macron assegurou nesta quinta-feira (22) que a cúpula do G7 precisa discutir os incêndios na Amazônia.
Ele se referiu à Amazônia como ‘nossa casa’ e disse que há uma grave ‘crise internacional’ em torno da Região Norte do Brasil.
Villas Bôas entende que a França não tem ‘autoridade moral’ sobre o assunto.
Ainda segundo o militar, Macron realiza “ataques diretos à soberania brasileira, que inclui, objetivamente, ameaças de emprego do poder militar.”
Ele continuou subindo o tom e disse que apesar da França ser “a pátria do Iluminismo, quando viaja se esquece de levá-lo consigo.”
Villas também mencionou testes nucleares realizados pelo país europeu na Polinésia Francesa a despeito de protestos internacionais e pontuou que “no ano de 2006, os casos de câncer aumentaram nas ilhas da região por conta daqueles testes nucleares [1966 até 1996] que atingiram os próprios cidadãos franceses.”
O general finalizou dizendo que “a questão ultrapassa os limites do aceitável na dinâmica das relações internacionais.”
“É hora do Brasil e dos brasileiros se posicionarem firmemente diante dessas ameaças, pois é o nosso futuro, como nação, que está em jogo. Vamos nos unir em torno daqueles que têm procurado trazer à luz a verdade sobre essas questões ambientais e indigenistas”, concluiu.
Leia a nota na íntegra!
“Com uma clareza dificilmente vista, estamos assistindo a mais um país europeu, dessa vez a França, por intermédio do seu presidente Macron, realizar ataques diretos à soberania brasileira, que inclui, objetivamente, ameaças de emprego do poder militar. Segundo ele o tema será discutido na próxima reunião do G7 dentro de 2 dias. A questão que se coloca é de onde viria autoridade moral daquele país que, como disse Ho Chi Minh, é a patria do Iluminismo, mas quando viaja se esquece de levá-lo consigo. Trata-se da mesma França que de 1966 até 1996, a despeito dos reclamos mundiais, realizou 193 testes nucleares na Polinésia Francesa, expondo o Taiti, ilha mais povoada da região, a índices de radiação 500 vezes maiores que o máximo recomendado por agências internacionais. Segundo uma reportagem do UOL Notícias, datada de 11/03/2015, uma equipe de médicos franceses calculou, no ano de 2006, que os casos de câncer aumentaram nas ilhas da região por conta daqueles testes nucleares que atingiram os próprios cidadãos franceses. Os desabitados atóis de Mururoa e Fangataufa escondem, até hoje, 3.200 toneladas de material radioativo de diferentes tipos, produto das explosões nucleares do exército francês, o mesmo que Macron usa para nos ameaçar. A questão ultrapassa os limites do aceitável na dinâmica das relações internacionais. É hora do Brasil e dos brasileiros se posicionarem firmemente diante dessas ameaças, pois é o nosso futuro, como nação, que está em jogo. Vamos nos unir em torno daqueles que têm procurado trazer à luz a verdade sobre essas questões ambientais e indigenistas. Me refiro ao Ministro Ricardo Sales, Aldo Rebelo, Evaristo de Miranda, Luiz Carlos Molion, Lourenço Carrasco, Denis Rosenfield, Professor Francisco Carlos, General Rocha Paiva, General Alberto Cardoso e o General Heleno.”