Na sexta feira passada (02), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, decretou a soltura do criminoso Elias Pereira da Silva (conhecido como Elias Maluco) em um dos processos sobre tráfico; esse processo é específico de uma ordem de prisão de 2017, quando o criminoso já estava atrás das grades.
Porém, a Subprocuradora Geral da República, Claudia Sampaio Marques, pediu para que o criminoso não saia da prisão. Ela alega que a conduta do traficante no Rio é grave. Ao todo são cinco processos ativos contra Elias Maluco na Vara de Execuções Penais, totalizando mais de 59 anos de prisão.
O traficante está preso desde 2002. Ele foi condenado a 28 anos e 6 meses pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, morto em Junho do mesmo ano. Tim fazia uma reportagem sobre abuso de menores em bailes funk da Vila Cruzeiro, favela do Complexo do Alemão, quando foi sequestrado e morto pelos bandidos. Elias Maluco, que era o chefe do tráfico, teria comandado a morte e agido com violência. O corpo foi carbonizado e só foi reconhecido por meio de testes de DNA.
Elias Maluco também possui condenação por lavagem de dinheiro em 2013. Ele pegou mais 10 anos, 7 meses e 15 dias de prisão.
Atualmente cumpre pena no presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná. No ano passado, a defesa pediu um relaxamento de prisão, mas não conseguiu.
Segundo denúncia do Ministério Público do Estado do Rio, mesmo dentro da cadeia, o criminoso ainda mantém relação com o tráfico e com uma das principais facções do Estado.