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Pelo menos dois criminosos estiveram envolvidos no ataque que ocorreu por volta das 10h na Igreja Mar Mina, no distrito de Helwan, ao sul do Cairo, disseram autoridades do governo. Um porta-voz da igreja copta disse ao The New York Times que a igreja estava cheia e, enquanto saíam do prédio, foram baleados. A CNN informou que o líder da igreja na região contou que os ataques começaram 10 minutos após o fim da reunião. As pessoas estavam saindo pela porta quando foram abatidas, e aquelas que ainda estavam no interior da igreja ouviram tiros por 15 minutos, relatou.
Antes de chegar à igreja, pelo menos um dos atacantes, teria primeiro atirado dentro de uma loja de eletrodomésticos matando dois irmãos, filhos do dono, um cristão copta, de acordo com uma declaração da Igreja Copta postada no Facebook.
O Ministério do Interior contou à imprensa que um homem armado em uma moto, depois de ter matado várias pessoas, tentou atravessar uma barreira de segurança fora da igreja. Ele foi baleado em uma troca de tiros com o pessoal da segurança e não entrou na igreja, informou a agência de notícias Al Arabiya English, citando oficiais da polícia.
O The Guardian informou que um segundo atacante foi preso enquanto tentava fugir da cena do crime. No geral, os primeiros relatórios da mídia eram inconsistentes sobre se havia um ou dois atacantes e qual deles havia sido preso. A maioria dos relatórios indicava que um dos atacantes havia sido morto e outro preso, mas os detalhes eram inconsistentes. Um desses relatos dizia que um assaltante tinha um dispositivo explosivo.
As informações sobre o número total de mortos também estão incertas. A BBC publicou nesta sexta, 29 de dezembro, que o ministro do Interior disse que foram nove pessoas, informação que difere de uma versão anterior do ministro da Saúde do Egito, que dizia serem 12 pessoas e dois atacantes, um tendo sido morto e o outro escapado, porém, capturado mais tarde.
O ataque foi realizado por um afiliado do autoproclamado Estado islâmico, de acordo com uma declaração publicada no aplicativo de mensagens Telegram, informou o Times.
A violência islâmica contra cristãos egípcios aumentou durante o último ano. Constituindo cerca de 10% da população, os cristãos vivem em uma sociedade profundamente polarizada, entre nacionalistas seculares e islamitas radicais. Em 2013, eles foram vistos como apoiando a expulsão do presidente Mohamed Morsi e do governo da Irmandade Muçulmana. Igrejas em todo o país foram atacadas e queimadas. O EI prometeu “apagá-los”.
O Egito está na 21ª posição na Lista Mundial da Perseguição, ranking publicado anualmente pela Portas Abertas que lista os 50 países onde cristãos enfrentam restrições, ameaças,