A presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado Federal, Simone Tebet (MDB-MS), declarou nesta última segunda-feira (15), que o presidente Jair Bolsonaro comete um “erro de amador” ao afirmar que irá indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF (Supremo Tribunal Federal).
De acordo com a parlamentar, Bolsonaro pode indicar um ministro de qualquer religião, mas não deveria ter anunciado que esse seria o seu critério.
Os indicados para a Corte são sabatinados na CCJ e, depois, precisam ser aprovados pelo plenário da Casa.
“Ele pode escolher um evangélico. É um direito que ele tem, como ele pode escolher um católico ou um ateu. Mas, ao meu ver, foi no mínimo uma declaração equivocada para não dizer até, assim… O termo que eu posso utilizar para substituir, [é erro] de amador. O termo é até outro. Porque ele pode colocar alguém que ele entenda terrivelmente evangélico e sem precisar dizer. A gente só ia dizer: ‘Ah, ele evangélico. Qual é o problema?’. Não vamos avaliar porque ele é evangélico ou porque é ateu, vamos avaliar se ele tem competência ou não tem competência”, declarou.
Para Tebet, o maior erro de Bolsonaro são “ataques às instituições democráticas”.
“Acho que o presidente erra mais ao falar até do que ao agir. Se ele não tivesse falado e nomeasse alguém terrivelmente evangélico, seja lá o que isso signifique, nós não estaríamos falando nada disso, estaríamos falando: ‘É capaz? Não é capaz? Vai ser votado, não vai ser votado?’. É um erro dele. Foi um erro dele. E mais um. Acho que o maior erro dele é querer ir contra as instituições democráticas. Órgãos de controle, Poder Judiciário, a mídia e o Congresso Nacional”, finalizou.
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