O ministro Ernesto Araujo (Relações Exteriores) declarou que a política externa do Brasil está plenamente integrada à aliança liberal conservadora que surgiu no país e em outras partes do mundo.
De acordo com o chanceler, além das cadeias globais de valor, o país também quer se enquadrar em uma “cadeia global de ideias”.
“Estamos desideologizando o Mercosul. Estamos colocando nossas visões de mundo, junto a uma economia baseada no liberalismo e com uma basa sólida e saudável e em valores profundos”, disse.
O embaixador enfatizou que essa “desideologização” também está acontecendo com a União Europeia, o que facilitou a conclusão de um acordo de livre comércio, depois de 20 anos de negociação.
De acordo com o ministro, essa visão de mundo está ajudando o Brasil. Ele citou como exemplos o aumento cada vez maior de políticos europeus que defendem a saída do país da União Europeia, tal como está ocorrendo com o Reino Unido, e a expansão do número de congressistas conservadores eleitos recentemente no Parlamento europeu.
“Durante muito tempo, os europeus impunham suas condições, tínhamos um modelo de integração no Mercosul parecido com o da UE. Só que o Mercosul é o Mercosul”, ponderou.
Essa aliança liberal conservadora, ressaltou o chanceler , pode ser vista com clareza no Brasil, inclusive nas ruas, em manifestações que ocorreram no último domingo e no fim de maio.
“A sociedade conservadora se mobiliza a favor de reformas liberais, como a Previdência, a abertura econômica e a Lava Jato. Isso produz um sentimento e um dinamismo completamente diferente”, enfatizou.
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